Kia Joorabchian ganhou a queda de braço com Alberto Dualib e seguirá normalmente, cheio de poder, no comando da parceria Corinthians/MSI, como se nada houvesse acontecido. Depois se reunir com Boris Berezovski, magnata russo ligado à empresa e a Kia, Dualib teve de ceder. Ele queria de qualquer jeito a saída do iraniano, mas ouviu um incontestável "não" de Berezovki, conforme antecipou a Agência Estado ontem. "Não há motivos para tirá-lo, o Kia está fazendo ótimo trabalho", declarou o russo ao presidente corintiano. Dualib, assim, retornará de Londres sem o objetivo alcançado. Terá de continuar aturando Kia dando as ordens no Parque São Jorge. As assessorias do Corinthians e da MSI distribuíram comunicado oficial, no fim da tarde de hoje, assinado por Dualib, Nesi Curi, vice do Corinthians, e Kia, por meio do qual as partes anunciaram ter chegado a um consenso. "O Corinthians e a MSI não têm nenhum problema financeiro, vão continuar a parceria em favor do Corinthians e do futebol brasileiro", relataram os três no documento. "O resultado desse encontro faz o Corinthians mais forte e permite que o clube aumente as chances de ganhar o Campeonato Brasileiro." O responsável pelo acordo foi Berezovski, que, desde o início, vem participando da parceria, mesmo que não de forma direta. Ele chegou a ironizar o pedido de Dualib para afastar Kia durante o encontro de quarta-feira, em Londres. O dirigente percebeu que não tinha argumentos convincentes para ameaçar o dirigente iraniano e foi obrigado a ceder. Saiu derrotado politicamente. Não terá nenhuma recompensa financeira em troca para o Corinthians, apenas o que já prevê o contrato, além dos investimentos normais feitos pela MSI.
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