"Os adversários estão nos estudando muito e descobriram como nos enfrentar". A frase do zagueiro Chicão é destinada à forma como as equipes rivais do Corinthians estão sabendo neutralizar o ataque alvinegro, mas serviria também para mostrar que descobriram como furar a defesa, no início do ano uma das melhores e agora sendo vazada em seqüência. Veja também: Sanchez avisa: estádio do Corinthians até 28 de julho Corinthians renegocia contratos e lança franquia de lojas Nos últimos seis jogos, por exemplo, a equipe levou sete gols. Foram três do Sport e um de Barueri, Brasiliense, Ponte Preta e Bragantino. Nos dois últimos, empates por 1 a 1 com os adversários agredindo e podendo até ganhar o confronto. "Ninguém joga atrás porque gosta", defende-se o técnico Mano Menezes, incomodado e já mirando para o duelo do Recife contra o Sport, no qual poderia perder por um gol que conquistaria a Copa do Brasil. "O resultado é a parte principal na análise. Usamos a mesma formação contra o Sport. No Morumbi, poderíamos ter feito 4 a 0 na primeira etapa e perdermos o título lá", exemplifica. "Atitude não se bota na cabeça de nenhum jogador. Damos palestras, mostramos vídeos, mas o que manda é o jogo". Apesar de defender seus marcadores, os números mostram uma queda de rendimento defensivo corintiano. Principalmente por causa da falta de possibilidade de escalar dois volantes juntos - será possível no duelo contra o São Caetano, no dia 5 de julho, no Pacaembu. Fabinho estava suspenso, Carlos Alberto improvisado na ala direita, Bóvio, Perdigão e Alessandro machucados e Bruno Octávio operou o joelho. Nilton era o único à disposição. O Corinthians teve a melhor defesa do Paulista com apenas 15 gols sofridos em 19 rodadas. O mesmo número que levou nos últimos 14 jogos, nos quais somente em dois não foi vazado. Vale lembrar que no começo do ano a defesa ficou intransponível em 14 partidas, não em série. "Não podemos nos abater com isso. Temos de ter tranqüilidade para reagir", afirma Chicão. "Estamos em primeiro (na Série B) e invictos", endossa o também zagueiro e capitão William. O discurso de otimismo, contudo, terá de ser provado em campo. Principalmente contra o próximo rival, o São Caetano, que já ganhou do Corinthians várias vezes na história. Em quatro oportunidades, marcando três gols, como nos 3 a 1 do Paulista. E, mesmo saindo derrotado as duas vezes na Copa do Brasil, também não deixou de marcar. São 5 gols em 3 jogos. Para amedrontar ainda mais os corintianos, agora com dupla de goleadores: Finazzi e Tuta.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.