São Paulo - O Cruzeiro mostrou na noite desta quarta-feira que estava engasgado com o Estudiantes de La Plata devido a decisão da Taça Libertadores de América de 2009, quando a equipe argentina venceu de virada e ficou com o título da competição. Mas, diferentemente do último encontro entre as duas equipes, o clube mineiro não deu brechas e, com um gol relâmpago, venceu os argentinos por 5 a 0, em uma goleada histórica.
O resultado deixa o Cruzeiro na liderança do Grupo 7, que, além do Estudiantes, tem o colombiano Deportes Tolima, equipe que divide a liderança mas ocupa o segundo posto por ter apenas um gol de saldo, e o Guarani do Paraguai. A próxima partida da equipe brasileira será na próxima quarta-feira, 22, diante do Guarani-PR.
A partida começou com um ritmo alucinante e, com menos de um minuto de jogo, o Cruzeiro pegou o Estudiantes desprevenido e abriu o marcador com Wallyson. Welligton Paulista roubou a bola no meio de campo, serviu Wallyson, aposta do treinador Cuca para a partida, que chutou em cima de Germán Ré, a bola subiu e encobriu o goleiro Órion.
O gol desestabilizou a equipe argentina, que saiu para cima do Cruzeiro para tentar o empate a qualquer custo e, com isso, deu espaço para que o time brasileiro se aproveitasse do contra-ataque. E foi, justamente na primeira oportunidade bem encaixada que a equipe conseguiu ampliar o marcador.
O Estudiantes era dono das ações, pressionava e tinha as principais chances. Mas, Montillo conseguiu encontrar Roger, que dançou para cima do capitão Verón e pegou um chute no contrapé do goleiro Órion. Um gol que chegou para dar tranquilidade ao torcedor, que sofria com a pressão do clube de La Plata.
Nem com dois gols a menos, a equipe argentino se resignou em campo. Continuou a atacar e dar espaço para que Montillo e Roger pudessem criar bons contragolpes. Nem mesmo Verón, o principal jogador da equipe argentina, foi capaz de dar tranquilidade aos seus companheiros e conseguir segurar a força dos brasileiros.
O terceiro gol também surgiu de um contra-ataque. Roger recebeu na esquerda, deu passe milimétrico para Montillo, que dentro da área driblou um zagueiro e o goleiro Órion para, praticamente, sacramentar a vitória da equipe ainda no primeiro tempo e com 40 minutos de jogo.
A velocidade impressa pelo Cruzeiro em seus contragolpes foi algo não esperado pelo Estudiantes, que deu espaço nas laterais e sempre deixou sua zaga mano a mano com os jogadores do clube brasileiro, que não desperdiçaram as chances que surgiram.
Com a vitória praticamente garantida, o ritmo da segunda etapa foi menor do que o da primeira. O Estudiantes continuou a tentar diminuir o placar, e o Cruzeiro a se aproveitar dos espaços deixados pela equipe de Berizzo, discípulo do treinador argentino Carlos Bielsa.
Mas, mesmo com um a vitória já garantida, deu tempo para o Cruzeiro marcar dois gols e impor a maior goleada sofrida pelo Estudiantes na Libertadores. Montillo marcou o quarto, em um chute de primeira de fora da área. Em jogada iniciada com Gilberto, a bola sobra para o camisa 10 que, sem ajeitar, acertou um chute no canto do goleiro que Orión, que não conseguiu chegar na bola.
O quinto pintou já nos minutos finais da partida. Thiago Ribeiro fez boa jogada pela lateral, cruzou rasteiro, Diego Renan entrou na área trombando, e Wallyson, autor do primeiro gol, meio que sem querer, sacramentou a goleada do Cruzeiro. Resultado que tira o Estudiantes da garganta dos brasileiros e faz com que a equipe comece o campeonato na melhor forma possível.
Cartões amarelos
: Wellington Paulista, Marquinhos Paraná, Gil, Henrique (Cruzeiro); Braña, Fernandéz, Desábato, Benitez (Estudiantes)