Um dos momentos mais importantes da carreira de Rogério Ceni ocorreu num clássico contra o Santos. Na decisão do Estadual do ano 2000, o goleiro marcou um gol de falta e ajudou o time a conquistar o suado empate por 2 a 2, que garantiu o título. Ter batido a falta, com sucesso, numa final, era a prova de que os são-paulinos podiam confiar na precisão do camisa 1 - que, de fato, resultou em novas conquistas, nos anos seguintes. Nesta temporada, Rogério não está cobrando tantas faltas como de costume, mas suas atuações têm sido decisivas, no momento em que o time está em formação. "Ele está no melhor momento da carreira, física e tecnicamente", elogia o treinador Muricy Ramalho. O capitão são-paulino garante não estar impressionado com a falta de rendimento do time. Para ele, os torcedores não têm motivo para desespero. "Ainda vamos evoluir, mas acho que não jogaremos um futebol muito mais bonito do que esse", alerta. "Nosso maior desafio este ano é prolongar o período vitorioso que estamos tendo, desde 2005", disse o goleiro. "Se terminarmos a temporada com pelo menos um título, teremos cumprido o objetivo." Rogério afirma que o São Paulo ainda tem um elenco competitivo, apesar de ter perdido jogadores importantes. E prevê uma regularidade ao longo do ano. "Deveremos seguir a tendência dos últimos anos, que é perder de 10% a 15% dos nossos jogos", projetou. "Quando um time consegue essa margem de aproveitamento, é porque tem um grupo forte", disse. Um dos fatores que deixa o goleiro tranqüilo é a postura de sua defesa. A dupla André Dias e Miranda se entende melhor a cada rodada. E, a exemplo do jogo contra o São Caetano, o time pode voltar a atuar com três zagueiros, com a permanência de Alex. Caso Muricy opte por uma escalação mais ofensiva neste domingo, Hugo ganharia uma chance no meio-campo.
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