Dorival se recolhe e espera propostas após demissão de Caixinha e pressão sobre Zubeldía

Cogitado no Santos e no São Paulo, treinador está recluso e não falou com nenhum clube depois de ser demitido da seleção brasileira

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Foto do author Ricardo Magatti
Atualização:

Demitido há menos de um mês da seleção brasileira, Dorival Júnior ainda não falou com clube algum, embora seja um dos cogitados para assumir o Santos, que dispensou Pedro Caixinha nesta segunda-feira, 14. Também é bem avaliado pela diretoria do São Paulo, já que o argentino Luis Zubeldía balança no cargo há semanas.

Dorival disse a pessoas próximas nesta segunda-feira que não foi procurado por qualquer dirigente nem que estabeleceu o salário que aceitaria receber para voltar a treinar algum time brasileiro. Ele está “bem recluso”, segundo disse uma fonte ao Estadão, e que quer esperar mais um tempo antes de negociar seu retorno, independentemente de quem seja a equipe com a qual vai conversar.

Após saída da CBF, Dorival Junior está recluso e aguarda propostas Foto: Wilton Junior/Estadão

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Dorival teve passagens importantes por São Paulo e Santos, ambos com os quais conquistou títulos. O time tricolor foi o último que treinou antes da seleção brasileira. Foi o trabalho em 2023, coroado com o título da Copa do Brasil, que levou a CBF, na época desesperada por um técnico, a contratá-lo.

Zubeldía, cada dia sob maior pressão, está garantido no cargo nesta semana, mas o cenário pode mudar rapidamente. O presidente Júlio Casares ainda não conversou com Dorival, mas aprova o nome do treinador de 62 e tem ele entre seus favoritos.

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No Santos, ele ganhou o Paulistão e a Copa do Brasil, ambos em 2010, jogando um futebol ofensivo, à época o melhor do futebol brasileiro, com Robinho, Paulo Henrique Ganso e Neymar, com o qual teve um desentendimento que resultou em sua demissão.

Se voltar ao Santos, Dorival vai rever, portanto, Neymar, que convocou para a seleção mas teve de cortá-lo depois que o camisa 10 se lesionou mais uma vez. O treinador disse recentemente não ter “problema nenhum” com o atacante e que sempre que o encontra é uma “situação positiva”.

Dorival foi dispensado pela CBF da seleção no fim de março, três dias depois da goleada por 4 a 1 sofrida para a Argentina. No comando da seleção pentacampeão, foram sete vitórias, sete empates e duas derrotas. O treinador foi incapaz de extrair um bom futebol do Brasil mesmo após garantir que o time estaria na final da Copa do Mundo de 2026.