Na estreia do terceiro uniforme, preto e grafite, o Santos empatou com o Santo André por 3 a 3, em duelo válido pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro. A partida no Estádio Bruno José Daniel também ficou marcada por um novo incidente com gás de pimenta nos vestiários, além de muitos lances polêmicos.
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Neta quinta-feira, o técnico Vágner Mancini repetiu a mesma formação que venceu o Corinthians no último domingo. O Santo André, por sua vez, não teve duas de suas principais estrelas. Sérgio Guedes não contou com Marcelinho Carioca, suspenso, e Pablo Escobar, que defende a seleção boliviana nas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa.
Melhor ataque do Brasileirão, o Santos não teve problemas para abrir o marcador. Logo aos 7 minutos, Rodrigo Souto deu lindo passe para Kléber Pereira. Dentro da área, o atacante ficou cara a cara com o goleiro e quase perdeu a bola ao tentar driblar. No entanto, ele conseguiu encontrar espaço para chutar e mandar para as redes: 1 a 0.
Apesar de possuir um setor ofensivo eficiente, a defesa santista foi vulnerável. Numa falha de marcação, o Santo André chegou ao empate aos 14 minutos. Elvis cruzou na boca do gol e Marcel desviou de cabeça. Fábio Costa fez a defesa, mas deu rebote. Nenhum marcador santista acompanhou Nunes e o atacante só teve o trabalho de empurrar para o gol.
O Santo André se animou com o empate e partiu para cima. O time do ABC, porém, se descuidou da marcação e acabou castigado aos 24 minutos. Kléber Pereira, dessa vez, fez o cruzamento para a área. Molina não conseguiu alcançar e Cicinho afastou mal. Madson pegou o rebote e bateu de primeira para fazer 2 a 1.
O Santos poderia ter apertado o ritmo e marcado mais. Entretanto, o time se acomodou. Aos 34 minutos, Fábio Costa fez pênalti em Gustavo Nery e o árbitro Luiz Flavio de Oliveira não deu. Curiosamente, Nery deixou o campo machucado após o lance. Artur entrou. E foi dele que saiu o cruzamento para Nunes cabecear e empatar aos 46 minutos da etapa inicial.
GÁS DE PIMENTA
No Paulistão 2008, a partida entre Palmeiras e São Paulo pelas semifinais ficou marcada por causa do episódio de um gás nos vestiários são-paulinos, no Palestra Itália. E um fato parecido aconteceu em Santo André. Um policial deixou cair por acidente gás na entrada do vestiário santista. Os jogadores subiram para o segundo tempo reclamando.
Santo André | 3 |
Neneca; Cicinho, Cesinha, Marcel e Gustavo Nery (Artur); Fernando, Ricardo Conceição , Elvis (Dionísio) e Junior Dutra (Ricardo Goulart); Antônio Flávio e Nunes | |
Técnico: Sérgio Guedes | |
Santos | 3 |
Fábio Costa; Luizinho (Pará), Fabão, Fabiano Eller e Léo ; Roberto Brum, Rodrigo Souto , Madson, Paulo Henrique Lima (Roni) e Molina (Neymar ); Kléber Pereira | |
Técnico: Vágner Mancini | |
Gols: Kléber Pereira, aos 7, Nunes, aos 14, Madson, aos 24, e Nunes, aos 46 minutos do primeiro tempo; Fabão, aos 20, e Elvis, aos 27 minutos do segundo tempoÁrbitro: Luiz Flavio de Oliveira (SP)Estádio: Bruno José Daniel, em Santo André (SP) |
O episódio, aliás, diminuiu o ritmo do Santos. Mancini teve de tirar Molina e colocar Neymar para dar "novo gás". Deu certo. Aos 20 minutos, o jogador foi derrubado fora da área. Na cobrança, o zagueiro Fabão soltou uma verdadeira bomba e estufou o ângulo direito de Neneca, que não teve a mínima chance de defender.
O gol de Fabão colocou um sorriso no rosto de Mancini. Para ajudar ainda mais o Santos, Nunes discutiu com o árbitro e foi expulso. Tudo caminhava para uma vitória. Porém, o Santo André empatou por mais uma vez aos 27 minutos. Luizinho derrubou Artur dentro da área: pênalti. Na cobrança, Elvis bateu no canto direito de Fábio Costa: 3 a 3.
Mancini ainda tentou uma última cartada ao colocar Roni e Pará nas vagas de Paulo Henrique e Luizinho, respectivamente. As mudanças não surtiram efeito. O Santos, mesmo com um homem a mais, parou na marcação do Santo André e perdeu uma boa chance de se aproximar do Inter na tabela do Brasileirão.