HAMBURGO – O técnico da seleção brasileira, Mano Menezes, nunca precisou entregar a lista de convocados ao ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, com antecipação, nem para amistosos e nem para jogos oficiais. É isso pelo menos o que garante integrantes da comissão técnica da seleção que não disfarçam o incômodo com a nova situação.Desde que assumiu a CBF, o novo presidente José Maria Marin decidiu que iria pedir a lista dos convocados 48 horas antes do anúncio oficial. Seu argumento: é dele a responsabilidade última pelo desempenho do time. Mas também alega que quer fazer isso para evitar a influência de empresários na seleção. “Conheço todos os truques”, disse há duas semanas ao Estado.Fontes dentro da CBF apontam que a iniciativa de Marin surgiu depois que um dos funcionários da entidade sugeriu ao novo presidente que essa já era uma prática comum na era Teixeira. Pessoas próximas a Mano negam que isso ocorria e dão como exemplo o primeiro encontro entre o ex-cartolas e o técnico. Mano teria entregue a lista de convocados, sem saber como proceder. Teixeira leu um nome, fez um comentário sobre o jogador e devolveu ao treinador.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.
