A disposição de terroristas tumultuarem a Copa América chegou à Fifa. O presidente da Federação Colombiana de Futebol, Alvaro Fina, afirmou nesta quinta-feira em entrevista à rádio Caracol, de Bogotá, que seu colega Joseph Blatter teria recebido comunicado de grupos de guerrilheiros no qual alertavam para os riscos de o país ser confirmado como sede da competição prevista para o período de 11 a 29 de julho. Mesmo assim, o principal mandachuva do esporte estaria reiterando o apoio da entidade que preside para a Colômbia. "Blatter está de nosso lado", adiantou Fina. "Estive duas vezes em Zurique, expliquei a situação e tivemos apoio total. Ele enviará mensagem importante para a Confederação Sul-Americana, para que não nos tire o direito de organizar o torneio." O dirigente colombiano não deixou claro como e quando a Fifa recebeu a provocação. As declarações de Fina fazem parte da estratégia que a Colômbia encontrou para defender a realização da Copa América. Dirigentes, esportistas e políticos se unem na tentativa de convencer o resto do continente de que há segurança, apesar dos atentados ocorridos nos últimos meses em cinco das sete sedes. A decisão será na terça-feira, data em que haverá reunião extraordinária da CSF, em Assunção. O paraguaio Nicolas Leóz convocou presidentes das dez federações regionais para ouvir o que têm a dizer sobre o futuro da 40ª edição do campeonato. Leóz continua em cima do muro, como ficou evidente em depoimento a uma emissora de rádio do Paraguai. "Até agora, estou totalmente do lado da Colômbia". E completou, enigmático. "Digo isso porque até agora a Colômbia é a sede e nada em contrário está decidido."
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