A África do Sul acelerou o ritmo da construção dos estádios e está de volta no caminho certo em sua preparação para receber a Copa do Mundo de 2010, disse Urs Linsi, secretário-geral da Fifa, em entrevista coletiva nesta terça-feira. O dirigente afirmou que está impressionado com o trabalho que tem sido feito nos estádios da Copa do Mundo e em outras obras relacionadas desde o começo do ano. "Acho que o progresso é bastante claro", disse após reunir-se com o comitê local de organização. Linsi, entretanto, alertou que os dirigentes sul-africanos devem garantir a construção a tempo de cinco novos estádios, incluindo o estádio principal FNB, em Johanesburgo, e a reforma de outros cinco. As declarações otimistas de Linsi acontecem num momento em que a Fifa começava a demonstrar impaciência com o ritmo lento das obras na África do Sul, primeiro país do continente africano a organizar uma Copa do Mundo de futebol. Mas a organização do Mundial de 2010 enfrentou um novo problema nesta terça-feira, quando um grupo ambientalista sul-africano pediu na Justiça o bloqueio da construção de um estádio para 68 mil pessoas na Cidade do Cabo, uma das nove sedes da Copa. Os ambientalistas dizem que a construção do estádio de 403 milhões de dólares viola regulamentos de proteção do meio ambiente. A prefeita da Cidade do Cabo, Helen Zille, prometeu combater a solicitação do grupo. Danny Jordaan, presidente-executivo do comitê organizador da África do Sul, disse que o país não pode lidar com nenhum atraso significativo nos preparativos em nenhuma das sedes, mas negou que haja problemas com o estádio. "Não consideramos que seja uma crise essa questão", disse ele. Jordaan também voltou a afirmar que as ruas da África do Sul serão seguras durante o Mundial. O país tem um dos mais altos índices de violência do mundo, o que despertou preocupações na comunidade internacional de futebol.
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