Folha de pagamento de US$ 500 milhões do Manchester City é a maior da história do futebol inglês

Atual tricampeão nacional, equipe do técnico Pep Guardiola já lidera mais uma vez o campeonato nesta temporada

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Por Tariq Panja
Atualização:
2 min de leitura

The New York Time - O Manchester City, time que vem dominando a Premier League por boa parte da última década, anunciou que na última temporada gastou mais em salários de jogadores do que qualquer outro time na história do futebol britânico, desembolsando mais de US$ 500 milhões (R$ 2,4 bilhões) na campanha pelo título inglês e por campeonatos europeus.

Amparado pelos gastos luxuosos de seu proprietário, o xeque Mansour bin Zayed al Nahyan, irmão do governante dos Emirados Árabes Unidos, na temporada passada o City garantiu o terceiro campeonato consecutivo da Premier League, a FA Cup e seu primeiro título da Champions League - feito triplo que apenas uma equipe inglesa havia conquistado.

O sucesso do City foi construído em cima da perspicácia tática do técnico espanhol Pep Guardiola e de uma série de jogadores da elite mundial, mas também de uma fonte aparentemente ilimitada de dinheiro. O City agora está atrás apenas do Barcelona no quanto de salário que paga a seus jogadores, mas, ao contrário da superequipe espanhola, o City não sofreu uma crise financeira como resultado. Em vez disso, anunciou receitas recorde de 712,8 milhões de libras (R$ 4,4 bilhões) - outro recorde britânico - para o ano que se encerrou em junho.

O milionário elenco do Manchester City, que ganhou tudo na temporada passada Foto: Lee Smith / Reuters

O balanço anual do clube também apresentou um lucro de 80 milhões de libras, o dobro do reportado um ano antes. Todos os números realçaram uma transformação nas circunstâncias econômicas do City, que por anos foram definidas por perdas criadas por um nível de gastos que poucos rivais conseguiam igualar.

O sucesso comercial do City e seu progresso financeiro, no entanto, vêm cercados de controvérsias. Uma investigação de um ano da Premier League produziu mais de 100 acusações de violação de regras contra o time este ano - a maioria ligada a alegações de acordos de patrocínio inflacionados com empresas nos Emirados Árabes Unidos e salários declarados incorretamente. O City contestou as acusações da Premier League e suas conclusões sobre as finanças do clube.

Um painel independente atuando em nome da liga passou anos investigando o caso, que foi aberto em 2018 após o vazamento de documentos internos do clube. Em 2020, o City recorreu com sucesso de uma sanção da Champions League imposta após uma outra investigação do órgão dirigente do futebol europeu; seus advogados argumentaram que as informações que constituíam o cerne do caso estavam prescritas.

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Esses problemas legais não distraíram o time dentro de campo, onde se tornou uma das maiores máquinas vencedoras da história do futebol inglês. O City conquistou quatro dos últimos cinco títulos da Premier League e, com 13 jogos disputados na atual temporada, está em seu lugar habitual no topo da tabela.

O presidente do City, Khaldoon Al Mubarak, importante membro da família real dos Emirados, disse que a equipe não vai desacelerar tão cedo. O clube vai “dobrar a aposta nas filosofias e práticas comprovadas que nos trouxeram esse sucesso”, disse ele em comentários divulgados pelo clube. “Continuaremos desafiando todos os preceitos do setor”, acrescentou ele. / TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU

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