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Imprensa espanhola celebra garra da Fúria campeã

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Por MARK ELKINGTON
Atualização:

O dramático gol de Andrés Iniesta na prorrogação da final da Copa do Mundo, contra a Holanda, foi o momento de coroação de uma geração vitoriosa de jogadores, disse a imprensa espanhola na segunda-feira. "Nossa Espanha... Daqui à eternidade", escreveu o El Mundo na sua manchete, enquanto o El País se limitou a declarar "Campeones del mundo", sobre uma foto do capitão Iker Casillas erguendo a taça. "A equipe nacional consolidou a liderança de uma geração brilhante." Segundo a consultoria Barlovento, 14 milhões de pessoas assistiram a todo o jogo no país. Após o empate sem gols no tempo normal, a audiência subiu e virou a prorrogação mais vista na história espanhola - 15,6 milhões de espectadores. O gol de Iniesta foi exaustivamente repetido nos telejornais matutinos, sempre com a narração histérica dos locutores, enquanto os jogadores se amontoavam sobre o meio-campista num canto do Soccer City. O tímido Iniesta, que já havia feito um gol igualmente dramático pelo Barcelona na semifinal da Liga dos Campeões de 2009, contra o Chelsea, foi o jogador mais aclamado da partida, junto com o goleiro Casillas. "Iniesta e Casillas nos tornaram campeões. Iker duas vezes impediu Arjen Robben de marcar, e Andrés marcou o gol histórico", escreveu o jornal Sport, de Barcelona. O As, de Madri, acrescentou: "A Holanda não foi capaz de derrubá-lo (Iniesta) com chutes ou com um brutal jogo de pressão." "A batalha foi no meio campo (...), e era óbvio que a enorme destruição da Espanha foi montada (pelos holandeses) com maliciosa habilidade. Felizmente Iniesta ficou de pé e derrubou a Holanda e suas más intenções." Se Casillas e Iniesta foram os heróis, o papel de vilão coube ao meia holandês Nigel De Jong e ao árbitro Howard Webb. Quase todos os jornais publicaram a foto de De Jong entrando de sola no peito de Xabi Alonso. "Foi um jogo duro", escreveu o Marca, "tolerado por um árbitro incompetente. Webb quase destruiu a final". Da parte dos analistas, sobraram muitos elogios também para o comportamento tranquilo do técnico Vicente del Bosque, que manteve a base espanhola depois da vitória da Eurocopa-2008, sob o comando de Luis Aragonés. Sob o título "23 corações, 1 alma", o El Mundo escreveu: "O técnico conseguiu alcançar o objetivo a que se propôs - o protagonista foi o time." Outro diário, o El Periódico, foi mais abrangente e disse que a conquista da Copa marca, junto com as vitórias do piloto Fernando Alonso, do ciclista Alberto Contador, do tenista Rafael Nadal e do jogador de basquete Pau Gasol, "a era de ouro do esporte espanhol."

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