O Maracanã mais uma vez mostrou-se o bálsamo para as feridas rubro-negras. Com a vitória sobre o Cruzeiro por 3 a 1, o Flamengo subiu para o 14.º lugar no Brasileirão, com 32 pontos, respirou um pouco na luta contra o rebaixamento e ganhou tranqüilidade para o clássico contra o Vasco, no domingo, no mesmo local. Jogar no Maracanã tem sido a salvação para a equipe, que ainda não conseguiu somar um ponto sequer fora de casa desde que Joel Santana assumiu o cargo de técnico. Em contrapartida, nas últimas seis partidas realizadas no Maracanã, o Flamengo conseguiu quatro vitórias e dois empates, marcando 14 gols e sofrendo seis. Se manter o excelente aproveitamento doméstico, com mais de 77% dos pontos disputados, o clube da Gávea pode ficar sossegado quanto à permanência na elite do futebol brasileiro. O primeiro desafio para seguir nesse ritmo, porém, não será fácil. O Vasco é o quinto colocado, com 39 pontos, tem o terceiro melhor ataque e luta por uma vaga na Libertadores. Soma-se a isso a suspensão do atacante Souza, que recebeu o terceiro cartão amarelo contra o Cruzeiro. Outra preocupação é o zagueiro Fábio Luciano, que deixou o jogo de quarta-feira com dores na virilha. O atacante argentino Maxi Biancucchi continua fora de combate, com lesão na coxa esquerda. O meia Roger, barrado da última partida, poderá retornar. Julgamento O atacante Obina será julgado na próxima terça-feira pela Segunda Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por ter agredido com uma cotovelada o zagueiro Índio, do Internacional, em partida realizada no último sábado, no Beira-Rio. O ídolo da torcida do Flamengo foi enquadrado no artigo 253 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) - praticar agressão física contra o árbitro ou seus auxiliares, ou contra qualquer outro participante do evento desportivo - e pode ser suspenso de 120 a 540 dias.