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Marcos critica falhas da Seleção

"Tomar um gol como nós tomamos, não dá. Só podíamos mesmo pagar o preço com uma derrota mesmo", afirmou o goleiro.

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Por Agencia Estado
Atualização:

A derrota da seleção brasileira para o México por 1 a 0, na estréia da equipe de Luiz Felipe Scolari na Copa América, provocou um clima de descontentamento geral entre os jogadores e a comissão técnica. As críticas mais contundentes à forma como o time se comportou foram feitas pelo goleiro Marcos, que na quinta-feira foi escalado como titular. "Tomar um gol como nós tomamos, não dá. Só podíamos mesmo pagar o preço com uma derrota mesmo", afirmou quando deixava o vestiário, após o fracasso que tanto desapontou a torcida brasileira e, principalmente, a colombiana. Com uma posição privilegiada dentro do campo, de onde consegue analisar todo o posicionamento e movimentação dos companheiros, Marcos criticou a forma de atuar dos defensores, mas não poupou também os atacantes. "Faltou a gente fazer o gol", observou. "Chegamos várias vezes com oportunidades claras, mas não conseguimos marcar." Para ele, a única solução para o Brasil, agora, é partir com tudo para cima do Peru. Então, os peruanos que se cuidem? "É isso aí!" As duas seleções se enfrentam domingo, às 18 horas (horário de Brasília), no Estádio Pascual Guerrero. Paraguai e México completam a rodada dupla às 20 horas. Outro que não gostou da maneira como teve de atuar foi o meia-atacante Denílson. Ele entrou no segundo tempo no lugar de Juninho Paulista, quando a seleção já estava atrás do marcador e os mexicanos, seguindo orientação do treinador Javier Aguirre, com um esquema de jogo defensivo. "Aí ficou difícil, né?", disse. "Eu pegava a bola e já tinha aquele monte de marcador em cima de mim." Quase lá - Já o atacante Guilherme, que substituiu Jardel também no segundo tempo, lamentou, mais do que o resultado negativo, o momento que vive a equipe brasileira. "Eu não sei o que acontece, mas não conseguimos fazer os gols", reclamou. "Quando cheguei aqui senti que o clima dentro do grupo está bom. Porém, dentro do campo não estamos transformando em gol as chances que criamos." Para ele, o momento não é de ficar procurando desculpas para justificar a escassez de vitórias. O atacante acredita que falta apenas o grupo ganhar confiança novamente. "Eu acredito que quando vencermos uma partida, tudo vai mudar e vamos conseguir voltar a jogar bem a somar vitórias." Desolação - Uma imagem que marcou o triste momento que vive a seleção brasileira foi protagonizada pelo capitão Emerson. Depois do jogo contra o México, ele foi sorteado para fazer o exame antidoping. Na saída, teve de atravessar um corredor onde estavam jornalistas e alguns torcedores para chegar ao ônibus que conduziria a delegação de volta para a concentração, no hotel Casa Del Alférez. Com uma lata de soda limonada na mão, utilizada para ajudar no ´serviço´, e cercado por dois policiais, o ´capitão´ exibia um semblante de abatimento, sempre com os olhos voltados para baixo. "Precisamos fazer gols", dizia. O Brasil está com quatro derrotas consecutivas em competições oficiais (perdeu para França e Austrália na Copa das Confederações, para o Uruguai, pelas eliminatórias sul-americanas, e na quinta-feira frente o México.

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