A nova alteração do horário do jogo entre Botafogo e Marília, agora confirmado para sábado, às 21h40, apenas ratificou a tese dos dirigentes do time do interior de que tudo está sendo feito para beneficiar o time carioca neste quadrangular final do Campeonato Brasileiro da Série B. O presidente José Roberto Mayo está revoltado com o que considera "uma série infindável de casuísmos". A antecipação do jogo, segundo Mayo, atendeu a "uma exigência de Bebeto de Freitas (presidente do Botafogo) que já tinha anunciado, em Recife, que não iria jogar às 11 horas e que exigia um responsável para responder pela integridade física dos seus jogadores. É muita hipocrisia", disparou. Segundo ainda o dirigente, o Botafogo teria dificuldades físicas em atuar domingo cedo, debaixo de forte calor. O Marília continua inconformado com a impunidade ao time carioca por causa dos incidentes verificados no jogo com o Palmeiras, na abertura do quadrangular, quando vários objetos foram atirados contra o goleiro Marcos. O advogado do clube, Vicente Gazzola , estará no Rio de Janeiro, talvez na quinta-feira, para despachar com o próprio presidente do STJD, Luiz Zveiter, com o intuito de rever o pedido do MAC de punir o seu maior rival no momento. "A decisão do Tribunal, dizendo que nós entramos com recurso fora de prazo, é esdrúxula. O Marília foi punido, o Sport idem e com o Botafogo não acontece nada?", indagou. Agressão - Mayo diz que o estádio Caio Martins é "um caldeirão", lembrando que os dirigentes marilienses ficaram sujeitos a todo tipo de indelicadezas no último jogo realizado lá pela segunda fase, quando perdeu por 3 a 1. Foram empurrados, xingados e até agredidos. O inquieto Beto Mayo também não poupa Bebeto de Freitas, principalmente por sua "prepotência". Ele acusa o dirigente carioca de menosprezo: "Ele falou que nosso time é de várzea, mas nós já temos dois títulos importantes e ele (Bebeto) ainda não conseguiu nada, porque títulos de vôlei não se conta no futebol", ironiza. No entanto, Mayo isentou a diretoria do Botafogo no "caso Galego", cujo lateral-esquerdo insinuou que algum representante botafoguense teria procurado os jogadores para fazer um acordo na fase anterior. Galego, inclusive, foi proibido de dar novas declarações e se depender da diretoria ele nem atuará em Niterói. A decisão, agora, está nas mãos do técnico Luiz Carlos Ferreira.