O técnico Nelsinho Baptista, da Ponte Preta, fez questão de telefonar, nesta quinta-feira, ao técnico Oswaldo Alvarez, do São Paulo, para cumprimentar o amigo pela conquista inédita do Torneio Rio-São Paulo. E agradeceu o fato de ter sido lembrado por Vadão na hora da festa são-paulina no Morumbi, logo após a vitória sobre o Botafogo, na noite de quarta-feira. "Vindo do Vadão isso já era esperado. Nós batalhamos juntos, tenho muito carinho por ele e nossas famílias têm longa amizade", disse Nelsinho. Na festa do título, Vadão fez questão de agradecer a Nelsinho, que o indicou aos dirigentes do São Paulo após a saída de Levir Culpi. "Na ocasião, não tinha como deixar a Ponte Preta e entendi que o trabalho proposta pela diretoria seria bem executado pelo Vadão", explicou o técnico da equipe de Campinas. Os dois são amigos há muito tempo: começaram a carreira praticamente juntos, em 1986, no Mogi Mirim. Nelsinho dava seus primeiros passos como técnico, enquanto Vadão era um estudioso preparador físico. A maior aventura vivida por eles aconteceu em 88, quando trabalharam seis meses no Sporting de Barranquilla, da Colômbia, clube que é bancado pela máfia do narcotráfico. Na volta ao Brasil, a dupla trabalhou no América de Rio Preto, mas logo no começo de 89, Vadão retornou ao Mogi, onde dois anos depois se consagrou como técnico-revelação do futebol paulista. "O Vadão é um técnico competente, honesto e trabalhador. Merece o sucesso", elogiou Nelsinho.