O São Paulo atual é formado por apenas 18 jogadores que merecem confiança total da comissão técnica. Dos outros 11, alguns podem até ser escalados ou ficar no banco, mas não há a certeza de que podem dar conta do recado. Os ?homens? do técnico Rojas: Rogério Ceni, Gabriel, Jean, Lugano, Gustavo Nery e Fabiano; Alexandre, Carlos Alberto, Fábio Simplício, Luís Fabiano e Kléber, que formam o time titular atual ? Ricardinho está contundido ?, e mais os reservas Roger, Edcarlos, Fábio Santos, Adriano, Diego Tardelli e Souza. São a base para amanhã, às 16h, contra o Atlético-PR, em Curitiba. O goleiro Márcio e o volante Marco Antônio devem continuar em 2004. São considerados jogadores que ainda podem ?explodir? e se firmar. Aílton e Júlio Santos devem ser emprestados, para crescer em outros clubes. Paulo Krauss, que fraturou o tornozelo, terá chances em 2004. E Flávio, Leonardo Moura (é considerado fraco para o desarme), Gallo, Márcio Luiz, Rico e Tiago só ficarão no clube se não houver outra possibilidade. Com elenco reduzido, Rojas segue jogando com cautela e na defesa. ?Falam que é retranca, mas ganhamos os quatro últimos jogos. Não interessa se três foram por 1 a 0 apenas.? Ele até gostaria de jogar mais aberto, mas não pode apostar. ?O Ricardinho e o Kaká jogaram juntos. Agora, poderiam jogar o Souza e Ricardinho, mas ele se machucou. Então, continuamos atrás, atacando também.? Rojas não considera exagero jogar com três zagueiros e dois volantes no primeiro tempo contra o Fluminense, um dos últimos colocados. ?Nada disso. Não posso me dar ao luxo de abrir o time. Eles têm bons jogadores e eu não vou dar chance para fazerem um gol.? É jogar atrás e esperar que Luís Fabiano resolva. Três atacantes, só em último caso. Foi assim nos 25 minutos finais contra o Fluminense. A intenção era pôr Diego Tardelli antes, mas a análise é de que não sabe ajudar na marcação, ficando isolado na frente. Melhor apostar naqueles que se esforçam mais. Até a boa fase de Diego Lugano é creditada à maneira cautelosa de o time jogar. Há a certeza de que o uruguaio não conseguirá passar incólume por um mano a mano com os atacantes brasileiros. Por essa razão, o time terá sempre três zagueiros. Há aborrecimento quando se diz que o São Paulo joga na defesa, que opta pela retranca. Há também, no entanto, orgulho por terem colocado o São Paulo muito perto da Libertadores. ?Essa era a nossa meta desde o início e estamos chegando lá?, diz o auxiliar Milton Cruz. Mais que isso, só com jogadores melhores. Todos sabem e ninguém fala.