A liberação de Jardel pode se transformar numa grande dor de cabeça para o Palmeiras. Enquanto o atacante continua seus treinamentos físicos na Academia de Futebol, sem prazo para ser apresentado oficialmente como jogador palmeirense, a diretoria optou pela contratação de um consultor técnico para cuidar do caso: Paulo Amorety, ex-presidente do Internacional e que preside a Câmara de Resolução de Disputas da Fifa. Amorety não quis falar oficialmente nem confirmou sua contratação pelo Palmeiras. Só admitiu que tem muitos amigos no Parque Antártica e que prestará uma assessoria ao clube no caso de Jardel. Ao presidente Mustafá Contursi, porém, Amorety disse que não há muito que a Fifa possa fazer - o contrato do atacante com o Ancona, da Itália, vai até 30 de julho. Mesmo assim, o dirigente prometeu investigar o caso. Também já está confirmado que o entrave no negócio é mesmo o Ancona. O clube italiano só admite liberar Jardel se o jogador e o Bolton perdoarem suas dívidas. O Ancona deve R$ 2,1 milhões ao atacante e R$ 700 mil ao clube inglês. A saída, de acordo com o advogado de Jardel, pode ser um processo na Fifa para o atacante ficar com os seus direitos federativos. Segundo Luiz Augusto, empresário do jogador, o Ancona deve três meses de salário. Nos quatro meses em que Jardel permaneceu na Itália, só recebeu no primeiro. Entre Jardel e o Palmeiras, está tudo certo. O atacante já vestiu a camisa do clube. Nesta terça-feira, manteve o silêncio. Depois de participar de um treino físico, passou pelos repórteres e fez apenas um sinal com cabeça. O técnico Jair Picerni também se nega a falar sobre Jardel. O recado foi repassado pela assessoria de imprensa do clube. Mas nesta terça o treinador acabou fazendo um rápido comentário. "Vou comemorar o que, se ainda não posso escalar o jogador?"