A disputa judicial entre os ex-procuradores de Kahê e o Palmeiras pelos direitos federativos do atacante pode comprometer a carreira do jogador. Por precaução, Kahê deve ser poupado do confronto de quinta-feira, diante do Fluminense, no Palestra Itália. "Só eu vou sair no prejuízo nessa história, pois agora que recuperei a vaga na equipe, posso perder o ritmo", lamenta Kahê. "Fizeram um contrato comigo sem eu saber", diz o jogador, que acusa seu antigo procurador, Frederico Capraro - com quem trabalhou por quatro anos -, de ter elaborado um contrato inválido com o Nacional, até 2005. "O único compromisso que assinei com o Nacional terminou dia 31", afirma. "Nunca vi o outro contrato." Porém, a 49.ª Vara do Trabalho de São Paulo reconheceu como válido o compromisso e devolveu os direitos federativos de Kahê ao Nacional. Até hoje à noite o Palmeiras não havia sido notificado da sentença, que determina o pagamento de R$ 1,2 milhão ao Nacional. Como a decisão só será publicada no Diário Oficial sexta-feira, a rigor, Kahê está liberado para enfrentar o time carioca. Mas, a fim de evitar futuros problemas, o atacante pode só voltar a jogar quando a disputa for esclarecida. Thiago Gentil - O atacante disse desconhecer proposta de US$ 1,4 milhão do Dorados, do México, mas não descartou deixar o Palmeiras. "Ninguém me procurou, só estou pensando no Palmeiras", afirmou Thiago Gentil. A diretoria teria rejeitado a oferta, mas o time mexicano poderia aumentar o valor. Jogar no Exterior não está fora dos planos do atacante. "Atuei quatro meses no Al-Helal, da Arábia Saudita e ganhei mais do que em dois anos de contrato com o Palmeiras."