O Palmeiras assinou nesta semana o contrato com seu novo patrocinador, que passará a exibir sua marca no uniforme em 2025: a Sportingbet. A empresa de apostas pagará R$ 100 milhões fixos por ano ao clube. Mas esse valor aumenta e pode chegar, no máximo, a R$ 170 milhões com bônus pagos em caso de cumprimento de metas, como títulos conquistados.
O tempo de contrato é de três anos, com possibilidade de ser prorrogado por mais um. Não haverá exclusividade no acordo, como é o atual, que está a cinco dias de terminar, de modo que outras empresas pagarão por diferentes espaços na camisa, como manga, omoplata e barra do uniforme.
O contrato também vale para o time de futebol feminino, uma vez que a Sportingbet será a patrocinadora máster da equipe e a Esportes da Sorte deixará de exibir sua marca. Os valores, portanto, são destinados para os dois times, masculino e feminino, sem divisão do montante.
O mesmo contrato amarrado para os dois times gerou críticas e questionamentos de alguns conselheiros à presidente Leila Pereira, reeleita em novembro para comandar o clube por mais três anos. A ideia da diretoria é vender por valores expressivos as outras propriedades disponíveis para alcançar R$ 200 milhões anuais com patrocínio ou até superar essas cifras.
O acordo será oficializado no início de janeiro e o Palmeiras estreará a camisa com o novo patrocinador no dia 15, quando enfrentara a Portuguesa no Allianz Parque, em seu primeiro compromisso pelo Paulistão de 2025. O time busca o tetracampeonato de forma consecutiva.
A presidente admitiu em entrevista recente ao Estadão que é impossível concorrer com os valores pagos pelas bets, daí a razão de ela escolher tirar, depois de uma década, as suas empresas, Crefisa e FAM, como patrocinadoras, encerrando dez anos de parceria.
“Costumo dizer que essa parceria foi extremamente vitoriosa. Agora vêm as bets, com valores muito relevantes aos clubes. Todo mundo sabe que um futebol vencedor você só faz com investimento”, afirmou Leila. A empresária disse a aliados que os torcedores “vão sentir falta” de suas empresas e que esperava receber propostas de outras empresas além de bets.
O Palmeiras chegou a ter o maior patrocínio do País no início da parceria das empresas de Leila com o time, mas os valores ficaram defasados e os rivais passaram a ter camisas mais valiosas, sobretudo depois que as casas de apostas, chamadas de bets, dominaram o mercado.
O atual acordo, prestes a ser encerrado, rendeu R$ 81 milhões fixos por temporada ao Palmeiras - alcançando, em alguns anos, R$ 120 milhões com as metas atingidas por títulos conquistados.
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As empresas de Leila pagam esse valor desde 2019. Em 2021, o então presidente Maurício Galiotte renovou o acordo por mais três anos e decidiu manter as cifras, sem colocar uma cláusula de reajuste e correção dos valores, o que gerou críticas dos torcedores pelo entendimento de que o patrocínio estava defasado, apontando que os rivais têm conseguido acordos mais lucrativos. Dessa vez, o novo contrato prevê que o valor pago seja corrigido anualmente com base na inflação.
A parceria com a Sportingbet faz o Palmeiras encostar no Corinthians entre os patrocínios mais valiosos do Brasil. Outras equipes do Brasileirão também acertaram novos acordos, alavancando as cifras do futebol nacional.
Veja o ranking dos maiores patrocínios da Série A*
- Flamengo (PixBet) - R$ 115 milhões
- Corinthians (Esportes da Sorte) - R$ 103 milhões
- Palmeiras (Sportingbet) - R$ 100 milhões
- Vasco (Betfair) - R$ 70 milhões
- Atlético-MG (H2Bet) - R$ 60 milhões
- Santos (Blaze) - R$ 55 milhões
- Fluminense e São Paulo (Superbet) - R$ 52 milhões
- Cruzeiro (Betfair) - R$ 40 milhões
- Grêmio e Internacional (Banrisul) - R$ 30 milhões
- Botafogo (Parimatch) - R$ 27,5 milhões.
*Valor pago anualmente
