O técnico Carlos Alberto Parreira desembarcou nesta segunda-feira no Rio certo de que o amistoso de domingo com a Jamaica, na Inglaterra, serviu de treino de luxo para o jogo do Brasil com o Uruguai, dia 19 de novembro, em Curitiba, pelas Eliminatórias do Mundial de 2006. Antes, no dia 16, a seleção enfrenta o Peru, em Lima. Parreira acredita que os uruguaios vão atuar da mesma forma que a Jamaica. "Com nove, dez atrás, numa forte retranca, difícil de furar, e tentando surpreender nos contra-ataques." Parreira disse que o Brasil não pode ser responsabilizado pelo futebol pouco vistoso dos jogos com equipe interessadas apenas em se defender. "E vai ser assim de novo contra o Uruguai", previu. Para o treinador, a melhor maneira de lidar com retrancas é buscar o apoio dos laterais e tocar a bola com mais rapidez, além de uma movimentação constante do time no meio-de-campo. "Atuar contra a Jamaica foi um teste importante porque vamos viver outras situações idênticas ao longo das Eliminatórias." Apesar de ter elogiado o desempenho dos dois Juninhos, não quis antecipar se podem estar na próxima lista. "O Paulista voltou à seleção depois da Copa do Mundo e foi bem no papel do ?número um? e o Pernambucano teve outra função no meio; é importante ter 30, 40 jogadores à disposição." A convocação para as duas partidas, dos que atuam no exterior, deve ser feita no dia 30 ou 31 deste mês, conforme adiantou o supervisor Américo Faria. E mais uma vez o goleiro Marcos, do Palmeiras, deve ser poupado, a fim de não desfalcar o Palmeiras no quadrangular final da Série B do Campeonato Brasileiro. O treinador de goleiros Wendell disse que esse aspecto deve ser levado em consideração por Parreira na hora de finalizar a relação. Título - O técnico da seleção já considera o Cruzeiro o novo campeão do Brasil. "A vantagem do clube na competição é irreversível", afirmou. Ele atribuiu os méritos da provável conquista à comissão técnica do Cruzeiro e lamentou que logo no primeiro ano de disputa do Brasileiro pelo sistema de pontos corridos "já houvesse um campeão" com tanta antecedência. "Foi uma distorção, conseqüência da falta de preparo das demais equipes. Houve uma inversão total este ano. Antes, a gente via cinco, seis, sete equipes disputando o título até as últimas rodadas. Mas o Cruzeiro foi o único a manter a regularidade, tanto que não perdeu nenhum jogo em casa."
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