Atualizado às 21h50.Pelé voltou a ser internado em São Paulo, no Hospital Albert Einstein. De acordo com a assessoria de Pelé, em contato exclusivo com o Estado, o ex-jogador de 74 anos sentia dores na perna, que eram originadas por causa de uma pressão de uma vértebra em um nervo.
Ele foi internado há dois dias para realizar um procedimento, que já estava programado para o período de férias. Ainda de acordo com a assessoria, ele deverá ter alta médica neste domingo ou na segunda-feira. O Hospital Albert Einstein deverá publicar um boletim médico nas próximas horas.
Trata-se da segunda internação de Pelé em dois meses. No início de maio, ele passou cinco dias no mesmo hospital por conta de uma hiperplasia na próstata. O ex-jogador passou por exames, que constataram que o problema era benigno, sem incidência de tumores. Foi, então, operado para evitar uma nova infecção urinária, que já o levara ao hospital no fim de 2014 - na época ficou internado durante 16 dias.

LIVRE DE DORES Pelé andava com dores e sentia uma fraqueza incomum mesmo para um senhor de 74 anos. Estava cada vez mais difícil para ele se sustentar sem a ajuda de um ombro amigo por perto. Assim como a cirurgia da próstata há dois meses, em maio, os médicos que assistem Pelé desde sua primeira internação séria no ano passado, quando foi pego de surpresa por uma infecção generalizada e passou por maus bocados no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, assustando em igual tamanho o mundo que aprendeu a admirá-lo, essa intervenção também estava previamente programada, na brecha de sua agenda, nessas férias de julho. Os médicos "descomprimiram a raiz do nervo de uma das vértebras." A cirurgia foi na coluna lombar. Pelé deu entrada no hospital dia 13 para sofrer a intervenção um dia depois.As dores e as fraquezas nas pernas eram motivadas por essa pressão no nervo. Desde que passou por uma cirurgia de fêmur, em 2012, quando tinha 72 anos, Pelé tenta enfrentar uma rotina de fisioterapia com a filha Flávia, que chegou a atendê-lo até quatro vezes por semana em sua casa no Guarujá, onde a reportagem do Estado esteve para entrevistá-los, pai e filha. Pelé temeu não poder andar mais. O fêmur da perna direita estava desgastado, e sem recuperação, pelos anos de carreira no Santos e na seleção brasileira, e por seus 1.281 gols. Pelé não aguentava subir três degraus de escada. Desde que extirpou o fêmur do corpo, e colocou um pedaço de metal no lugar, Pelé enfrentava dores para andar e mancava constantemente, fora dos holofotes, ajudado por uma bengala, a mesma que os repórteres do Estado viram em sua casa.No fim de 2014, Pelé ainda tentava intercalar sua rotina e compromissos profissionais com a fisioterapia organizada pela filha Flávia, de quem recebia alguns puxões de orelha por não levar o trabalho como ela gostaria. As dores na coluna apareceram nesta época, ou até um pouco antes. Mas Pelé, como todo homem em sua idade, não levou muito à sério. Quando ficou internado por 16 dias após a constatação de uma infecção urinária, e generalizada, Pelé deu meia volta e tratou de ouvir mais os médicos que o acompanham. A hiperplasia na próstata, para se certificar de uma condição benigna, também foi previamente agendada. Agora, após a nova intervenção na coluna lombar, descomprimindo o nervo, Pelé não sente mais dores. Pelo menos neste sábado era assim que estava no hospital, cercado pelos familiares e com visitas regulares dos médicos. Mas ainda deitado. O domingo será decisivo para sua alta, confirmada para segunda-feira,quando deixará o hospital muito provavelmente acenando para as pessoas. Se mantiver a boa recuperação, Pelé voltará para casa na segunda para mais uma semana de molho. Ele espera não sentir mais dores para se movimentar BOLETIM
O Hospital Israelita Albert Einstein informa que o paciente Edson Arantes do Nascimento (Pelé) internou-se na Unidade Morumbi em 13 de julho para ser submetido a um procedimento cirúrgico previamente programado de cirurgia em coluna lombar para descompressão de raiz nervosa (estenose foraminal).
A cirurgia aconteceu em 14 de julho, sem intercorrências e o pós-operatório ocorre dentro da normalidade esperada.
Médicos Responsáveis:
Dr. Arthur Werner Poetscher
Dr. Fabio Nasri
Diretor Superintendente do Hospital:
Dr. Miguel Cendoroglo Neto