O candidato à presidência do Palmeiras Wlademir Pescarmona garante que não ficou chateado com a declaração do meia Valdivia, que disse nesta quinta-feira torcer para a reeleição de Paulo Nobre na presidência do clube. Pelo contrário. O ex-dirigente afirma que pretende ter uma conversa com o chileno para fazer as pazes com o jogador. "Se eu me sentar na cadeira (como presidente), vou conversar com ele. Nós amadurecemos. Será importante sentar e rever as nossas posições do passado, e saberei se ele vai ter vontade de continuar no Palmeiras. Já perdemos três ou quatro jogadores importantes e por isso nós não podemos abrir mão assim do Valdivia. É só uma questão de sentar, conversar e limpar o que passou", disse o candidato, em entrevista exclusiva ao Estado.
Pescarmona admite que exagerou quando fez duras críticas ao jogador quando era diretor de futebol. Dentre outras coisas, disse que Valdivia era um meia de Série B com salário de jogador de Série A, e ainda lhe entregou uma cartilha de bom comportamento para ser seguida enquanto estava de férias. O chileno respondeu e criticou publicamente o dirigente.

"Hoje eu não faria o que fiz. Naquele momento, tinha motivo, mas hoje eu tenho experiência que não me leva a repetir o ato. Ele, como profissional, também deve ter amadurecido e podemos conversar", projetou. Sobre o fato de ver Valdivia apoiando Paulo Nobre, o candidato da oposição achou isso natural. "Ele é funcionário do Palmeiras e quem está na presidência é o Nobre. Ele foi inteligente em tomar partido para o Nobre. Não fiquei com raiva, não. Achei natural", assegurou.
Valdivia disse, em entrevista na Academia, que vai torcer para Nobre. "Já vou além do que foi passado por mim, pelo meu assessor. Eu torço para que o Paulo Nobre ganhe a presidência", disse o meia. Paulo Nobre e Wlademir Pescarmona se enfrentam nas urnas dia 29 de novembro. Será a primeira eleição em que os sócios terão direito a voto.