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Polícia identifica membro da Fifa ou Match que seria líder da quadrilha

Mandado de prisão é apenas questão de tempo; suspeito estaria hospedado no mesmo hotel da cúpula da Fifa no Rio de Janeiro 

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Por Tiago Rogero e Jamil Chade

A Polícia Civil afirma já ter identificado o integrante da Fifa ou da Match apontado como líder do milionário esquema de venda ilegal de ingressos da Copa do Mundo. Como o Estado antecipou ontem, a operação de captura do suspeito deve acontecer a qualquer momento. O líder da quadrilha, segundo a polícia, ainda não teria deixado o Brasil, mesmo depois da operação que desarticulou o esquema e, na semana passada, prendeu 11 integrantes do grupo, entre eles o franco-argelino Lamine Fofana. O suspeito já identificado pela polícia seria o dono do celular oficial da Fifa que foi identificado em conversas telefônicas com Fofana interceptadas em pelo menos 900 gravações autorizadas pela Justiça na Operação Jules Rimet. Os investigadores ainda não querem antecipar se o homem seria funcionário da Fifa ou da Match, única empresa autorizada pela Federação para venda de pacotes de ingressos e camarotes da Copa. A Match é ligada ao sobrinho do presidente da Fifa Phillip Blatter. Segundo a polícia, faltam apenas as "formalidades legais" para que seja expedido o mandado de prisão para o suspeito, que estaria hospedado no luxuoso hotel Copacabana Palace, inde durante o Mundial está reunida toda a cúpula da Fifa.MATCH SE PRONUNCIA Investigada na Operação Jules Rimet, a Match se manifestou pela primeira vez desde a eclosão do escândalo da venda ilegal de ingressos da Copa do Mundo. Em comunicado, a empresa tentou manifestar uma posição "rígida" e informou que está cancelando os pacotes de Hospitalidade (VIPs e camarotes) vendidos às empresas cujos ingressos foram apreendidos com Fofana na operação Jules Rimet. O Estado divulgou em primeira mão a relação das empresas, uma delas do próprio franco-argelino, em sua edição de quarta-feira da semana passada. Segundo a Match, a empresa de Fofana, Atlanta Sportif, comprou 105 pacotes de Hospitalidade para sete jogos da Copa, no valor de 121,75 mil dólares. Para a Reliance Industries Limited, foram vendidos 304 pacotes para 19 partidas, por 1,2 milhão de dólares. Destes, 59 foram apreendidos na operação. Ingressos em nome de Jet Set Sports e Pamodzi Sports também foram apreendidos na operação. Segundo a Match, foram 40 ingressos para a primeira, num total de 108,25 mil dólares, e 350 para a segunda, num total de 1,25 milhão. No fim do comunicado, a empresa informou também que dará total ajuda à polícia nas investigações. 

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