Alemanha e Holanda fazem nesta terça-feira, às 15h45, no Porto, o jogo mais temido pelos organizadores da Eurocopa. A enorme rivalidade futebolística entre os dois países e a facilidade que seus torcedores têm para arranjar confusão transformaram o clássico numa partida considerada de alto risco, que merecerá um reforço na segurança. O porta-voz da polícia da cidade do Porto, Pedro Teles, não quis revelar o número exato de homens que trabalharão nesta terça-feira no estádio e em seus arredores, mas deu uma pista. ?Serão mais do que os 1.800 que trabalharam no jogo de sábado entre Portugal e Grécia. Há muitos alemães e holandeses na cidade e eles já têm um histórico de conflitos.? O Estádio do Dragão deve receber 20 mil torcedores holandeses e 11 mil alemães. Dentro de campo, a expectativa é de um jogo quente. A Holanda chega ao torneio sob pressão por ter perdido em casa para Bélgica e Irlanda nos dois últimos amistosos que disputou antes de viajar para Portugal e com o ambiente agitado por causa da insatisfação de alguns jogadores com a reserva. O atacante Kluivert é um deles. Maior artilheiro da história da seleção holandesa com 40 gols, ele virou reserva porque o técnico Dick Advocaat abriu mão do 4-4-2 com dois homens de área para montar o time no 4-3-3, com dois pontas abertos e um homem de área. ?Cresci jogando no 4-3-3, não tenho nenhuma dificuldade para me adaptar a esse esquema. Quem não está acostumado a jogar assim é Van Nistelrooy?, afirmou, referindo-se ao centroavante escalado pelo treinador. Kahn - A Alemanha entra no torneio com a missão de superar suas carências ofensivas. Dos cinco atacantes convocados por Rudi Voeller, apenas Brdaric nasceu no país. Klose e Podolski nasceram na Polônia, Bobic na Eslovênia e Kuranyi no Brasil. E foi Kuranyi o escolhido para ser o único atacante no jogo desta terça-feira. O goleiro Oliver Kahn, que vem sendo muito criticado por suas atuações tanto na seleção como no Bayern de Munique, completa nesta terça 35 anos.