Preocupado, Juninho fecha o Corinthians

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Por Agencia Estado
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O Corinthians tem todas as razões do mundo para sonhar com uma vitória sobre o Goiás, neste domingo, às 18h, no Pacaembu. A principal talvez nem seja a reabilitação após as quatro derrotas consecutivas, para Fluminense, Atlético-PR, Santos e Coritiba. O que mais assusta é a reação mais agressiva por parte da torcida se o time perder de novo. A Gaviões da Fiel prometeu um grande protesto contra a diretoria antes da partida mas há um temor quase geral de que a revolta pode se estender também na direção dos jogadores. Por medo ou por preocupação, o técnico Juninho vai adotar um esquema cauteloso, que beira a uma retranca. Sábado, o técnico Juninho não falou com a imprensa. Mas em sua última coletiva, sexta-feira, no Parque Ecológico do Tietê, ele assumiu que tem a responsabilidade de resguardar o nome do clube. "Não perder é imprescindível para todo mundo que tem o seu trabalho envolvido com o Corinthians", frisou o técnico. Na teoria, Juninho não deveria se preocupar. Ele tem o respaldo do diretor-técnico Roberto Rivellino, que vai efetivá-lo no cargo em 2004. Mas como o contrato ainda não foi assinado, o treinador teme que uma sequência muito grande de derrotas possa atrapalhar o seu futuro no Parque São Jorge. "Infelizmente, o Brasil enxerga derrota como uma coisa feia, algo terrível. Não é uma peculiaridade do Corinthians. É a cultura do futebol brasileiro. E é lógico que uma sequência de derrotas sempre preocupa. Aliás, nem poderia ser diferente". Juninho não tem vergonha de admitir que o time deve enfrentar o Goiás com sérias precauções defensivas. O técnico vê nesse adversário um time que merece tanto respeito quanto o Santos de Diego e Robinho. "O Goiás tem um ataque tão implacável quanto o do Santos. Dimba, Grafite e Araújo formam um trio perigoso, que merece toda atenção e cuidado de nossa parte". O treinador corintiano ainda não sabe como vai montar o esquema para segurar esses três atacantes. O primeiro passo foi reforçar o setor direito defensivo. Sem Coelho, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, e com Rogério sem condição física para suportar o esforço de jogar na lateral, Juninho optou pela improvisação de Pingo naquela posição. E já deixou claro que suas função principal não será o ataque. "Quero o Pingo mais fixo atrás, cuidando daquele setor por onde o Araújo costuma trabalhar", acrescenta o técnico. "Vamos deixar a responsabilidade do apoio para quem estiver do outro lado". Do time que perdeu para o Coritiba na quarta-feira, sem acertar um chute sequer no gol de Fernando, Juninho mexeu na lateral-esquerda. Moreno ganhou a posição de Vinícius. A outra alteração vai depender da recuperação de Fabinho, que sofreu uma forte pancada no tornozelo direito. Se ele não tiver condições de jogo, André Luiz deve herdar a camisa número 8. "Cada um tem um estilo. Se o time perde um pouco da força na marcação com o André, ganha na qualidade do passe", observa o técnico Juninho. Outra novidade praticamente certa é a volta de Vampeta. Juninho conversou bastante com o volante na sexta-feira e decidiu que ele vai entrar no segundo tempo, hoje, contra o Goiás. "Para começar jogando ainda não dá, mas acho que a participação dele é imprescindível". Vampeta está animado com a chance de voltar a jogar, sete meses depois de romper o ligamento cruzado do joelho esquerdo. A lesão ocorreu no primeiro jogo do Campeonato Brasileiro, em 30 de março, contra o Atlético-MG, no Pacaembu. Os médicos achavam que Vampeta só voltaria a jogar em 2004. O jogador, no entanto, sempre disse que voltaria antes. Hoje, enfim, vai provar que tinha razão. "Só espero voltar numa situação melhor, com uma vitória do Corinthians". Para quem duvida de sua capacidade de correr como fazia antes da lesão, Vampeta tem a resposta. "Não preciso correr tanto assim. Eu penso e a molecada corre por mim".

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