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Robinho: angústia aumenta com silêncio

A espera de um contato dos seqüestradores de sua mãe está deixando Robinho cada vez mais angustiado. Nesta segunda-feira, ele foi CT Rei Pelé, mas só fez exercícios físicos.

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Por Agencia Estado
Atualização:

O silêncio por parte dos seqüestradores de sua mãe, Marina da Silva Souza, está aumentando a cada hora a angústia do atacante Robinho. Nesta segunda-feira, ele passou o dia no apartamento de seus pais e só saiu no final da tarde para ir ao CT Rei Pelé, onde fez um pouco de musculação. Ele recebeu a visita de solidariedade do vice-presidente do Santos, Norberto Moreira da Silva e do ex-jogador Zito, gerente de futebol do Santos. Ao sair, Norberto comentou que o atleta estava "meio sedado e um pouco pior do que no domingo". O dirigente comentou que os fatos não haviam se alterado e os seqüestradores não haviam feito qualquer contato com a família de Robinho. Norberto conversou com Gilvan de Souza, o pai do atleta, e disse que a família não sabe o que pode ter acontecido e que aguardam uma comunicação dos marginais. Segundo ele, "não houve ameaça anterior e o seqüestro foi inusitado". Segundo Norberto, Santos é uma cidade pacata . "Nós até pensamos que essas coisas não acontecem com a gente, mas ocorrem. Em Santos se vive de uma forma bem mais calma do que as grandes cidades e esse fato acabou acontecendo". Ele respondia a uma pergunta sobre o relaxamento com a segurança de Robinho e seus familiares depois que ele ficou famoso no futebol mundial. O jogador foi dispensado por Vanderlei Luxemburgo ainda no domingo, antes do jogo contra o Criciúma e ele não precisaria treinar. Mas ligou pedindo para ir ao CT, até mesmo como forma de distração. Ele deixou o prédio escondido num carro e entrou no portão que leva à parte administrativa do centro de treinamentos, não sendo visto pelos repórteres. O prédio onde seus pais moram está cercado por jornalistas, que mantém plantão de 24 horas no local e outro grupo está atento à movimentação no Palácio da Polícia. Esse grande número de jornalistas provocou uma explosão do diretor do Deinter-6, Alberto Corazza, que pediu e conseguiu que o inquérito tramitasse em segredo de justiça. "Vocês estão atrapalhando, porque enquanto estão aqui no Palácio da Polícia e em frente ao prédio dele, os seqüestradores não vão entrar em contato", disse Corazza. Ele informou que não havia conseguido entrar em contato até aquela hora com Robinho. A curiosidade da população também é grande. Todos que passam pela avenida Floriano Peixoto e vêm o batalhão de jornalistas param e perguntam sobre as últimas informações sobre o paradeiro de dona Marina.

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