Polícia prende segundo integrante da Mancha Alviverde suspeito de participar de emboscada

Torcedores do Palmeiras são investigados por homicídio, lesão, dano, tumulto e quadrilha; cinco ainda estão foragidos

PUBLICIDADE

Foto do author Leonardo Catto
Foto do author Ricardo Magatti
Atualização:

A Polícia Civil prendeu mais um suspeito de envolvimento na emboscada de integrantes da Mancha Alviverde a ônibus que levavam torcedores da Máfia Azul, na rodovia Fernão Dias. Este é o segundo preso pelo crime envolvendo as principais torcidas organizadas de Palmeiras e Cruzeiro. O caso aconteceu há um mês, em 27 de outubro, e é investigado pelo Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa.

PUBLICIDADE

A prisão deste suspeito aconteceu em Mairiporã. A Polícia já havia prendido, no começo de novembro, Alekssander Ricardo Tancredi, de 31 anos. Ele foi indiciado por homicídio, lesão corporal, dano, tumulto e associação criminosa.

As investigações ainda buscam por 16 suspeitos já identificados. Como sete já tiveram prisão decretada e dois desses foram presos, cinco ainda são considerados foragidos. Entre eles, estão o presidente da Mancha Alviverde, Jorge Luís Sampaio, e o vice-presidente, Felipe Mattos, que permanecem foragidos.

Emboscada terminou com a morte de um cruzeirense, além de 17 feridos. Foto: Divulgação/Divulgação/PRF-SP

A emboscada aconteceu na madrugada do dia 27 de outubro, na rodovia Fernão Dias, em Mairiporã, no sentido de Belo Horizonte. As vítimas da emboscada foram torcedores da Máfia Azul, organizada do Cruzeiro. José Victor Miranda dos Santos, de 30 anos, faleceu após sofrer queimaduras e lesões graves. Outros 17 torcedores ficaram feridos.

Publicidade

A investigação começou com a Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade). Um dos suspeitos que tinha um pedido de prisão contra si teve a determinação revogada. O pedido foi feito pela própria delegacia ao reconhecer que errou em pedir a prisão de Henrique Moreira Lelis, que estava a 400 quilômetros de onde o crime aconteceu.

Desde que o crime aconteceu, a Federação Paulista de Futebol (FPF) proibiu acessórios e uniformes da Mancha Alviverde em estádios de São Paulo, a pedido do Ministério Público. No clube social, contudo, o código de vestimenta foi alterado por Leila Pereira. A mudança veta a entrada de associados com trajes e acessórios da Mancha Alviverde e de quaisquer outras torcidas organizadas. A proibição também se deu em razão da emboscada da Mancha Alviverde.

O caso é entendido como uma “cobrança” dos palmeirenses por uma ação de torcedores do Cruzeiro contra integrantes da Mancha Alviverde em 2022, também na Fernão Dias. Na época, Jorge Luís Sampaio Santos teve sua carteirinha de sócio, documentos e cartões de créditos arrancados dos rivais durante o confronto, além de ter sido espancado e ter vídeos expostos nas redes sociais. A confusão terminou com quatro torcedores feridos a tiros. A Mancha Alviverde negou envolvimento no crime.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.