SÃO PAULO - Um dia depois da demissão de Mano Menezes do cargo de técnico da seleção brasileira, o assunto no estádio Pacaembu, neste sábado, antes do início do clássico entre Corinthians e Santos, pela 37.ª e penúltima rodada do Campeonato Brasileiro, era quem assumirá o lugar vago após a decisão da CBF. Dois dos maiores favoritos, o santista Muricy Ramalho e o corintiano Tite, não quiseram se estender muito e disseram que pensam mais nos seus clubes."Não estamos pensando nisso (Tite e ele). Ele pensa no Mundial e eu na remontagem do time do Santos, que está bem complicado", disse Muricy Ramalho, que foi convidado para assumir a seleção em 2010, logo após a demissão de Dunga por causa da eliminação para a Holanda nas quartas de final da Copa do Mundo da África do Sul, mas recusou para continuar no Fluminense. Com o pensamento na disputa do Mundial de Clubes da Fifa, em dezembro, no Japão, Tite nem quis comentar sobre a chance de assumir a seleção. "Tenho de pensar na grandeza do Corinthians. Eu não tenho Mundial e o Corinthians me propicia a possibilidade de tê-lo. Quero fazer o meu trabalho agora. Eu já rodei, não caí de paraquedas e já sofri muito na carreira. Deixa as coisas acontecerem. O meu desejo é ser campeão mundial pelo Corinthians. Nada é mais importante pra mim nesse momento", afirmou.Assim como fez o diretor de futebol do clube, Roberto de Andrade, o presidente do Corinthians, Mario Gobbi, foi categórico. "Pela milésima vez eu digo: o Tite não sai do Corinthians. Ele tem contrato até dezembro de 2013. Parem de manter vivo algo que é morto. Não tem cláusula de liberação e tenho dito que o assunto está encerrado. O resto é estelionato", disse.
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