Jogador cede e deixa a presidência do Mogi

Licença do cargo do clube atende a pedidos da diretoria do São Paulo, embora Rivaldo deva agir nos bastidores

PUBLICIDADE

Por Giuliander Carpes
Atualização:

Rivaldo bateu o pé, esperneou, mas sucumbiu à primeira pressão que sofreu em sua passagem pelo São Paulo. O jogador optou por se licenciar da presidência do Mogi Mirim, time pelo qual o pentacampeão mundial estava disposto a atuar no começo da temporada, antes de receber proposta para voltar a uma equipe de expressão. "Optei pela decisão para evitar qualquer comentário", disse o atleta no Twitter.A notícia foi distribuída ontem, após o último treinamento da equipe que enfrenta o Linense, pelo site oficial tricolor. Contraria o que havia garantido desde que começaram os rumores de que vestiria a camisa do São Paulo. "Continuarei como presidente do Mogi Mirim, a não ser que alguma lei me obrigue a sair do cargo", disse o jogador na sua apresentação, na semana passada. "Investi na equipe, coloquei meu dinheiro lá. Mesmo que deixasse a presidência, teria de permanecer nos bastidores."Pelo jeito é assim que será o relacionamento com o Mogi Mirim enquanto permanecer no São Paulo - tem contrato até o final da temporada, prorrogável por mais um ano. Embora não haja legislação específica sobre o caso, Rivaldo preferiu ouvir os dirigentes são-paulinos e diminuir o incômodo de ter de responder perguntas frequentes sobre o time do interior enquanto joga pela equipe tricolor.Inicialmente, o afastamento será de 12 meses. O vice-presidente do Mogi Mirim, Wilson Bonetti, que protocolou na Federação Paulista de Futebol (FPF) o afastamento de Rivaldo, assume o cargo. Mesmo assim, caso o São Paulo enfrente o Mogi Mirim, Rivaldo está impedido de atuar porque há uma cláusula em seu contrato com essa determinação. "Foi a primeira coisa que fiz questão de esclarecer quando assinei com o São Paulo", lembrou Rivaldo.Publicamente, nenhum dirigente admitiu a pressão para que Rivaldo se afastasse da presidência do Mogi Mirim. Mas a notícia foi bem recebida pela diretoria tricolor. Embora o jogador pretenda continuar por trás da administração do clube, evita expor o São Paulo a uma situação ética discutível, que vinha causando cobrança interna.

Comentários

Os comentários são exclusivos para cadastrados.