A China deve fazer vistas grossas a atletas que realizarem qualquer manifestação de apoio ao Tibete ou a Darfur durante a Olimpíada, mas a população chinesa não terá receios em demonstrar sua insatisfação com tal atitude. A torcida chinesa pode muito bem vaiar atletas estrangeiros que se oponham ao comando do país no Tibete, onde a segurança foi elevada desde os tumultos em março, ou à política em Darfur. Mas a polícia deve censurar atos provocativos. Muitos chineses estão confusos sobre porque seu governo tem sido acusado de não fazer o suficiente para pressionar o Sudão a acabar com o derramamento de sangue lá. A China tem uma antiga política exterior de não-interferência mútua nos assuntos internos de outros países. "O governo vai definitivamente controlar (sentimentos anti-estrangeiros), especialmente em Pequim. Ela não vai permitir protestos", disse o cientista político chinês Liu Junning. "Mas se um líder estrangeiro for longe demais, as relações bilaterais vão sofrer". (Por Benjamin Kang Lim)
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