Ligia Aguilhar Nos próximos 30 meses, o Brasil deverá ganhar o equivalente a quatro novos shoppings por mês. A estimativa é da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), que prevê 124 novos empreendimentos até 2013, 48 deles só no Estado de São Paulo A tendência é que surjam novos formatos para atender às necessidades dos consumidores, principalmente porque a maior parte dos lançamentos deve ocorrer no interior -- só no Estado de São Paulo serão 27 lançamentos fora da capital -- o que aumenta a possibilidade de pequenos lojistas fazerem parte dessa cadeia. "Os pequenos e médios representam 75% das lojas e entram nos shoppings por meio de franquias ou após anos de experiência com suas lojas próprias", diz o presidente da Alshop, Nabil Sahyoun. Com o aumento do poder aquisitivo da classe C, a principal tendência é que os shoppings se adaptem ao perfil desse público. Um modelo que tende a se popularizar, segundo Sahyoun, é o dos shoppings rotativos, no qual o lojista pode alugar pequenos espaços por um valor mensal e permanecer ou não de acordo com o seu retorno financeiro. Uma das iniciativas nesse formato é o Mais Shopping Largo 13, inaugurado em outubro do ano passado em Santo Amaro, na zona sul. O empreendimento mistura lojas consagradas e micro varejistas no mesmo espaço e oferece lojas modulares prontas para operar, alugadas por um preço fixo e entregues com vitrine, piso, iluminação e ar condicionado central. Oportunidade para que pequenos empreendedores como Felipe Schwartzman, de 27 anos, que há um ano e meio criou a marca Pretíssima, abrissem suas primeiras lojas em um shopping. "Se eu fosse investir em um centro de compras convencional gastaria três vezes mais do que aqui", diz ele, que paga cerca de R$ 400 pelo metro quadrado do espaço onde está instalado -- as lojas variam de 12 a 15 metros quadrados.
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