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Concessão de empréstimos deve cair

Estudo do Banco Central aponta que instituições financeiras estão mais pessimistas sobre os próximos meses. Segundo a autoridade monetária, 'o mercado de crédito respondeu da maneira que esperávamos às medidas do governo'

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Por Redação
Atualização:

Fernando Nakagawa Bancos estão mais pessimistas sobre os próximos meses no mercado de crédito. A percepção das maiores instituições financeiras é que, com juro mais alto e incertezas internacionais, a oferta de empréstimos deve diminuir nas agências. Ao mesmo tempo, a economia em desaceleração deve reduzir a demanda por novos financiamentos entre os clientes. A pesquisa Indicadores de Condições de Crédito, divulgada ontem e que passará a ser atualizada trimestralmente pelo Banco Central, mostra que o setor que sofre mais descrédito é justamente o que mais ajudou a manter a demanda no Brasil em 2008: o crédito para consumo das famílias. Os resultados da pesquisa e a recente evolução do crédito foram bem recebidos no Banco Central, já que sinalizam a desaceleração de um dos motores da demanda interna. Após apresentar indicadores que também revelam aumento dos juros, o diretor de política econômica do BC, Carlos Hamilton Araújo, avaliou que "o mercado de crédito respondeu da maneira que esperávamos às medidas anunciadas, tanto as macroprudenciais como o aumento da taxa de juro". O pessimismo do sistema financeiro foi observado na pesquisa do BC que ouviu um seleto grupo de 46 instituições financeiras com perguntas qualitativas sobre a expectativa dos próprios bancos para o próximo trimestre em três temas relativos ao crédito: oferta, demanda e aprovação dos empréstimos. Casa própria Por outro lado, mesmo com o aumento do juro, crise e a esperada desaceleração da economia brasileira, as instituições bancárias não esperam piora do crédito imobiliário. O levantamento da autoridade monetária mostra que a expectativa dos bancos pela demanda das famílias pelos financiamentos para a compra da casa própria cresceu de 0,75 ponto em março para 0,88 ponto em junho.

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