Célia Froufe A acomodação da economia brasileira já começa a gerar reflexos na arrecadação da Previdência Social. Ainda robusta, a atividade proporciona uma receita elevada ao INSS, mas pela primeira vez este ano houve queda da arrecadação urbana, de onde vem a maior contribuição, em um mês na comparação com o anterior. As receitas das cidades para a aposentadoria somaram R$ 16,715 bilhões em setembro ante R$ 16,995 bilhões em agosto. A queda de 1,65% é pouco expressiva, mas põe fim na tendência de alta verificada mês a mês desde janeiro, quando a arrecadação somou R$ 14,117 bilhões. De janeiro a setembro, a receita foi de R$ 143,808 bilhões ante R$ 128,461 bilhões do mesmo período de 2009, elevação de 11,9%. "Tivemos queda na arrecadação, mas ela continua consistente", disse o ministro da Previdência, Carlos Eduardo Gabas. Apenas em setembro, o déficit da Previdência foi de R$ 9,191 bilhões, o pior resultado do ano. O valor é resultado de R$ 17,127 bilhões em arrecadação (incluindo a área rural) e de R$ 26,318 bilhões de pagamentos de benefícios. Em setembro de 2009, a conta ficou negativa em R$ 9,602 bilhões, valor já corrigido pela inflação. O resultado dos meses de setembro tem apresentado um rombo maior por causa da antecipação do pagamento da primeira parcela do 13º salário a aposentados.
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