Febraban defende rigor fiscal do governo

Para 61% dos analistas consultados pela Federação Brasileira de Bancos, ainda é cedo para avaliar os efeitos das medidas prudenciais anunciadas pelo BC em dezembro. Outros 32% dos ouvidos acham que serão necessárias novas medidas

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Por Redação
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Antes de uma eventual adoção de novas medidas macroprudenciais, o economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Rubens Sardenberg, defende que o governo federal atue com rigor no âmbito da política fiscal. O economista fez a afirmação durante apresentação da Pesquisa Febraban de Projeções Macroeconômicas e Expectativas de Mercado, realizada entre os dias 27 de janeiro e 1º de fevereiro com 33 instituições financeiras. A maior parte dos analistas consultados (61%) afirma que ainda é cedo para avaliar os efeitos das medidas prudenciais, anunciadas em dezembro. Outros 32% dos pesquisados acham que serão necessárias medidas adicionais e 7% acreditam que os efeitos das medidas foram maiores que o esperado e serão suficientes para, junto com o aumento da Selic, fazer a inflação convergir para a meta. Sardenberg evitou sugerir um valor para o corte nos gastos públicos, mas opinou que a redução das despesas do governo deveria se inserir em um pacote de medidas que resgatassem a credibilidade do governo em relação à política fiscal. "Não quero entrar em números, mas o governo deveria anunciar uma estratégia orçamentária de longo prazo bastante crível", disse, acrescentando que proposta de Orçamento para 2011 foi bastante inflada no Congresso e que as pessoas esperam que os cortes prometidos sejam feitos sobre a proposta original, enviada pelo governo para o Legislativo, e não sobre o valor acrescido pelo Congresso. Sardenberg considerou ainda que, antes de o governo adotar novas medidas prudenciais, é preciso considerar o cenário internacional, que tende a minimizar a intensidade de eventuais medidas prudenciais. A pesquisa Febraban projeta crescimento de 2,9% do PIB norte-americano neste ano e de 3,1%, em 2012. A taxa de juros básica dos EUA (os Fed Funds), segundo o economista da Febraban, deverá fechar 2011 em 0,4% e em 1,1%, no próximo ano. A inflação ao consumidor americano (CPI, na sigla em inglês) deve encerrar 2011 em 1,6% e no próximo ano, em 1,8%. Francisco Carlos de Assis -- Agência Estado

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