Apesar de ter o melhor ataque do Brasileiro (54 gols), o Corinthians viu seu saldo despencar após a "era Adilson Batista" porque sua defesa passou a ser mais vazada. Hoje, o saldo está em 15 gols - o líder Fluminense tem 20 e o Cruzeiro, 13. O Timão tem apenas uma vitória a menos do que os dois rivais (15 contra 16).
O raciocínio do técnico Tite é o seguinte: para ser campeão, ainda que o Corinthians vença todos os seis jogos que restam, é necessário que o Fluminense perca ao menos uma partida para que as equipes empatem em pontos (hoje está 57 a 54 para os cariocas). Aí o saldo de gols decidiria o campeão brasileiro.
Contra o Cruzeiro, a solução é mais simples porque o Corinthians ainda vai enfrentar os mineiros no Pacaembu, podendo tirar a diferença atual de pontos e, mais do que isso, aumentar sua vantagem no saldo de gols sobre o clube azul.
A favor de Tite está a possibilidade de ter Ronaldo nos seis jogos da reta final e a provável volta de Dentinho na quarta-feira - existe ainda a possibilidade de o técnico contar com Jorge Henrique nas últimas rodadas. Com Dentinho e Jorge como opções para fazer dupla com Ronaldo, Tite teria a chance de armar a equipe de uma maneira mais ofensiva do que a atual.
Fazer o time marcar mais gols passou a ser a meta de Tite. Ele vai trabalhar mais as jogadas ofensivas nos treinamentos porque, nos dois jogos sob seu comando, o Corinthians marcou apenas dois gols.
A grande mudança que Tite fez no time foi recuar um pouco os volantes Jucilei e Elias, além de recolocar Bruno César, artilheiro do time no Brasileiro, no meio, na sua posição de origem."Contra o Flamengo, nós poderíamos ter marcado com o Ralf, num rebote do Iarley e, além disso, o Bruno César mandou uma bola na trave", explicou o treinador.
