Vítor Marques
O "sim" de Mano Menezes para o público veio na manhã deste sábado, 24.Às 11h20, diante mais de 100 pessoas espremidas numa sala de imprensa em que cabem no máximo 40, ele confirmou o óbvio, que aceitara na noite anterior o chamado de Ricardo Teixeira.
O que ele pensa sobre Seleção, a sucessão de Dunga, futebol bonito, Neymar, Ganso, planejamento só será exposto em entrevista coletiva na segunda-feira, 26, à tarde, no Rio de Janeiro, quando ele será apresentado oficialmente como novo treinador do Brasil. Neste domingo, 25, ele ainda comanda o Corinthians contra o Guarani.
Na apresentação oficial ele também fará sua primeira convocação como técnico da Seleção. Será para o amistoso contra os Estados Unidos em New Jersey, dia 10 de agosto. A tendência, como já disse o presidente da CBF Ricardo Teixeira, é de que a lista privilegie os jogadores que atuam no futebol brasileiro.
"Tivemos uma conversa longa e ele me expôs muito daquilo que a CBF tem como projeto para 2014. Fiz alguns questionamentos para que pudesse dar uma opinião oficial para todo o Brasil." Mostrando tranquilidade diante do desafio que terá pela frente, Mano falou durante dez minutos - só foi interrompido quando alguns jogadores, entre eles Ronaldo e Roberto Carlos, entraram na sala de imprensa para parabenizá-lo.
Orgulho Mano deixou claro que não foge "de convites importantes" e disse que não se incomoda em ser a segunda opção de Teixeira - Muricy foi convidado sexta-feira de manhã, mas à tarde o Fluminense se negou a liberá-lo.
"Eu me orgulho muito ser o segundo da lista. Nós devemos ter no futebol brasileiro 30, 40, 50 excelentes profissionais. Se sou o segundo, estou bem colocado. E fui o segundo para o Muricy, que admiro muito."Mano, na verdade, era o terceiro da lista - Felipão sempre foi o número 1 da CBF, mas se mostrou decidido a não sair do Palmeiras, com quem acabou de assinar contrato de dois anos e meio.
"A maioria dos técnicos gostaria de estar no meu lugar, isso dá ideia sobre a importância do cargo", afirmou Mano, 48 anos, que confessou estar surpreso por chegar à Seleção em tão pouco tempo de carreira - há sete anos ele dirigia o Guarani de Venâncio Aires (RS). "Estou muito orgulhoso e muito feliz."