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Judô define vagas para o Mundial

Os 14 judocas que irão representar o País na competição, em julho, serão conhecidos neste sábado. Mas eles correm o risco de não viajar.

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Por Agencia Estado
Atualização:

Os 14 judocas que disputarão o Mundial de Munique, na Alemanha, de 26 a 29 de julho, serão conhecidos neste sábado, a partir das 10 horas, em Vitória (ES), na última seletiva para a definição da seleção brasileira. Mas para ir ao Mundial não basta conquistar a vaga no tatame. Se a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) não conseguir, até o dia 1º de julho, cerca de R$ 125 mil para pagar as despesas dos atletas e da comissão técnica na Alemanha, apenas os judocas com patrocínio poderão representar o País. "O ministro Carlos Melles (dos Esportes e Turismo) garantiu que vai nos ajudar", acredita o presidente da CBJ, Paulo Wanderley Teixeira. "Os atletas não precisam se preocupar com isso." Paulo Wanderley, que assumiu a presidência da CBJ em 16 de março, disse que a entidade ainda não tem dinheiro para pagar a viagem. "O caixa é de R$ 6 mil, mas em março era de R$ 3,26." O dirigente conta que teve de pedir à Federação Alemã que intercedesse a favor dos brasileiros na rede hoteleira de Munique. Segundo ele, parte do pagamento para garantir a reserva de acomodações na alta estação européia deveria ter sido paga em maio. "Outro problema são as passagens, que podem esgotar-se." No entanto, a promessa feita aos atletas de custo zero em competições internacionais deve ser honrada. Em recente reunião em Brasília entre o ministro Melles, o secretário nacional de Esportes, Lars Grael, e o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, foi definido que 60% dos recursos do Ministério para 2001 (cerca de R$ 14 milhões) serão destinados aos esportes olímpicos. "Não temos saída. É difícil conseguir qualquer outra ajuda nesta época. As empresas privadas já definiram o rumo do marketing para o ano", afirmou Paulo Wanderley. No tatame - O destaque da seletiva será a revanche entre os médios Carlos Honorato e Edelmar Branco Zanol. Honorato foi medalha de prata na Olimpíada de Sydney após ter ficado com a vaga de Branco, que, apesar de ter vencido a seletiva, não foi à Austrália por causa de uma contusão nas costas. "É uma cicatriz que ficou comigo", lembra Branco, que competirá até Atenas, em 2004. "Entrei este ano na Unip e estou cursando Direito. Hoje, o judô ainda é minha prioridade e vou ao Mundial."

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