Jenson Button, da Brawn GP, líder do campeonato, vai largar na pole position do GP da Espanha, hoje (domingo), no Circuito da Catalunha, mas sabe que, diferentemente das primeiras quatro etapas da temporada, a concorrência vai estar bem próxima. Sebastian Vettel, da Red Bull, outro que já venceu este ano (na China), está ao seu lado no grid. A ameaça vem também do companheiro de Brawn, Rubens Barrichello, terceiro, e até da grande novidade da prova, a Ferrari: Felipe Massa sai de um convincente quarto lugar.
A perspectiva de outra corrida cheia de alternativas, intensamente disputada, é real, hoje, em Barcelona. "Temos vantagem, com Vettel a um décimo de mim?, questionou Button, primeiro colocado na Austrália, Malásia e Bahrein. Vettel perdeu a pole position no último instante. "Mas nosso ritmo de corrida me deixa muito confiante para amanhã", disse o alemão de apenas 21 anos. Nas simulações de prova, sexta-feira e ontem, Vettel estabeleceu as melhores marcas.
Mas se Button estava surpreso, como disse, com a pole position, por ter sido apenas o quinto na segunda parte do treino (Q2), Rubinho, o mais rápido, demonstrou certa frustração. "Não há dúvida de que esperava largar em primeiro." Comentou que o carro da Brawn evoluiu com as modificações e que se talvez não tivesse saído tão cedo para marcar seu tempo fosse possível ficar com a pole. Deve parar uma ou duas voltas depois de Button, porém, o que o ajudará.
Chance de vencer pela primeira vez este ano, o que não ocorre na carreira desde o GP da China de 2004? "Sem dúvida, mas o Button está num ótimo momento, o Vettel já mostrou o que ele e a Red Bull são capazes e a Ferrari está forte de novo, foi a equipe que mais avançou", afirmou Rubinho.
Massa era um piloto de reações distintas, ontem, depois de registrar o quarto tempo e na Q2, a seção do treino mais representativa em termos de velocidade, ter ficado a apenas dois décimos de Rubinho. "O carro é outro, muito mais estável, consigo impor minha forma de pilotar, demos um grande passo adiante", falou, em festa, Massa.
Sua vantagem, hoje, é dispor do kers (sistema de recuperação de energia), recurso que lhe permitir realizar ultrapassagens na largada, favorecido, também, pela longa reta. Rubinho sai do seu lado: "Se tudo der certo Massa pode até chegar na primeira curva na liderança". E a estratégia do piloto da Ferrari sugere ser boa. Deu a entender que fará o primeiro pit stop uma ou duas voltas depois dos pilotos que estão a sua frente.
"Ganhar a corrida é uma palavra pesada, mas um pódio é possível, o que seria fantástico considerando nosso ritmo até o GP de Brahrein", disse Massa. Já Kimi Raikkonen, seu companheiro, larga apenas em 16º porque não saiu dos boxes para melhorar o tempo, ainda na primeira parte do treino. Nelsinho Piquet, da Renault, é o 12º no grid, mas seu tempo na Q2 foi apenas um décimo pior que o de Fernando Alonso, o parceiro, oitavo. A TV Globo transmite o GP da Espanha ao vivo, hoje (domingo), a partir das 9 horas.
