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Crise e novas regras levam equipes a reduzir quadro de funcionários

18/II/09

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Por liviooricchio
Atualização:

As equipes de Fórmula 1 já estão reduzindo o seu quadro de funcionários altamente especializados e, em geral, bem pagos. Apesar de todas procurarem associar o corte às medidas aprovadas por sua associação, Fota, e impostas pela FIA para diminuir os custos, parece não existir dúvida de que a crise financeira internacional tem relação direta com as demissões. Ontem foi a vez de a Renault anunciar seu plano de reestruturação. Resultado: 63 técnicos serão dispensados.

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Max Mosley, presidente da FIA, declarou ainda no início do ano: "Os tempos das escuderias com mil funcionários estão com os dias contados." O dirigente sabia que a suspensão dos testes durante o campeonato, definida para este ano, implicaria o corte de integrantes. O comunicado da Renault apontou essa causa como a maior responsável pela revisão de funções, embora seu principal patrocinador, a financeira holandesa ING, tenha informado no dia anterior que vai se retirar da Fórmula 1 no fim da temporada.

"De nossa força de trabalho de 525 trabalhadores, as dispensas afetarão o grupo de testes e de desenvolvimento aerodinâmico", traz a nota. Outro aspecto importante das novas regras é a limitação nos experimentos em túnel de vento. Os times ainda mantêm três turnos de especialistas oito horas por dia nos seus estudos. "Mas faltam pequenos detalhes para a Fota definir-se por 8 horas por dia", explica Luca Colajanni, da Ferrari.

A própria Ferrari já remanejou seu quadro em razão de a área de cessão de motores ter perdido a Force India para a Mercedes, que passará a disponibilizar para os indianos não só o motor, mas todo o equipamento da McLaren. Norbert Haug, diretor-esportivo da Mercedes, também admitiu que o grupo McLaren vai reduzir seus funcionários, como com certeza ocorrerá com todos os demais na Fórmula 1.

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