Rubinho desaconselha Bruno Senna a ir para a Honda

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Por liviooricchio

09/X/08 Livio Oricchio, de Fuji

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O mais experiente piloto da história da Fórmula 1, Rubens Barrichello, 36 anos e presença em 268 GPs, contando o GP do Japão no fim de semana, deu ontem, no circuito de Fuji, um conselho para Bruno Senna, 24, que tenta chegar à competição na próxima temporada: "Sei que a equipe (Honda) está falando com ele. Se eu pudesse, como uma pessoa que gosta da família Senna, dizer algo eu diria para não vir para cá como piloto. E nem é pelo meu caso. Com a pouca experiência do Bruno seria queimar um cartucho", afirmou Rubinho.

Bruno Senna está cotado para ser o companheiro de Jenson Button na Honda em 2009. O piloto tornou-se vice-campeão da GP2, disputou bom campeonato, mostrou talento, o sobrenome Senna é forte ainda na Honda e no Japão e seria, portanto, uma solução que agradaria a muitos interesses. Barrichello não especifica as razões de não ser uma boa opção para Bruno competir pela Honda. "O Nelsinho é um grande exemplo, quis queimar tudo num ano podendo ser campeão do mundo."

Rubinho vive a ansiedade de saber se os dirigentes da Honda, Nick Fry e Ross Brawn, o confirmarão no time em 2009. "Eu nunca passei por essa situação. Sempre, bem antes do fim do campeonato, eu já estava de contrato assinado e até agora não tenho nada." E avisou: "Não estou preparado para a aposentadoria, não penso nisso, trabalho com a possibilidade de continuar correndo." Sua experiência, com a mudança radical do regulamento em 2009, seria fundamental para o time, na sua avaliação. "Já corri com pneus slick, carros de pouca pressão aerodinâmica, como será ano que vem, não haveria sentido não utilizar meu conhecimento agora."

Este ano, a etapa de Fuji é a 16ª do Mundial. Rubinho marcou pontos em três provas: sexto em Mônaco, sétimo no Canadá e terceiro no GP da Grã-Bretanha. Soma 11. Seu parceiro, Jenson Button, só fez 3 pontos (sexto) na corrida de Barcelona.

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O atual diretor geral da Honda, Ross Brawn, é um velho conhecido de Rubinho. Trabalharam na Ferrari de 2000 a 2005 no período mais pródigo de uma escuderia na história da Fórmula 1: cinco títulos seguidos de pilotos, com Michael Schumacher, e seis de construtores, de 1999 a 2004. O piloto demonstra certa mágoa com o engenheiro inglês. Ele não tem interesse em mantê-lo na equipe? "Essa pergunta eu faço também, trabalhei o tempo todo para ele vir para cá e agora que está aqui não me dá uma resposta. Se quiserem me trocar por algo novo quem vai sair perdendo são eles."

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