Verdadeira cara da F-1 em 2009 só depois do GP da Turquia

08/V/09 GP da Espanha Livio Oricchio, de Barcelona

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Por liviooricchio
Atualização:

A impressão geral na Fórmula 1 era de que as duas sessões de treinos livres do GP da Espanha, ontem, permitiriam uma visão do que cada equipe poderia fazer daqui para a frente no campeonato, afinal todas têm importantes modificações em seus carros. Mas depois dos treinos de ontem a conclusão foi uma só: não será nem mesmo o resultado da sessão classificatória para o grid da prova, hoje, no Circuito da Catalunha, ou mesmo da corrida, amanhã.

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"O verdadeiro potencial de cada time para o restante da temporada só será conhecido depois do GP da Turquia. É preciso dar um tempo para os projetistas descobrirem o que os novos carros podem fazer", explicou Ross Brawn, da Brawn GP, também com um projeto modificado em Barcelona. Em outras palavras, as muitas questões que o GP da Espanha poderia começar a responder já foram adiadas para no mínimo a etapa de Istambul. "Há muita novidade, é preciso compreender com trabalhá-las. Hoje, por exemplo, nosso carro não tinha o mesmo equilíbrio de outras ocasiões", comentou o líder do Mundial, Jenson Button, da Brawn GP, sexto à tarde.

A dobradinha da Williams, ontem, no treino livre, representou pouco para a projeção da tomada de tempo para o grid, hoje, a partir das 9 horas, horário de Brasília, com transmissão ao vivo pela TV Globo. Nico Rosberg, o mais veloz, 1min212s588, tinha tão pouca gasolina que sequer concluiu a volta de desaceleração. Ficou no meio da pista. "Não creio que Brawn e Red Bull possam ser ameaçadas aqui. Se tirarmos os carros da Williams, primeiro e segundo, e eu, terceiro, na sequência vêm os da Brawn e Red Bull", disse Fernando Alonso, da Renault. Assumiu estar mais leve também. "Nós vamos lutar pelo sétimo, oitavo lugar, como na última prova."

Felipe Massa e Kimi Raikkonen, da Ferrari, afirmaram, ontem, esperar mais do modelo F60 do treino classificatório de hoje que nas etapas anteriores. "Não dá para saber o quanto evoluímos porque hoje (ontem) desconhecemos com quanta gasolina cada um treinou", falou Massa. "Mas demos um bom passo adiante", disse Raikkonen. "Temos mais pressão aerodinâmica, aderência, o que mais nos faltava", explicou o campeão do mundo de 2007. Ambos acreditam que devem obter no grid, hoje, a melhor colocação até aqui. Massa largou até agora em 6.º, 16.º, 13.º e 8.º. Raikkonen, em 7.º, 9.º, 8.º e 10.º.

Outra equipe de quem se esperava importante evolução é a McLaren, campeão do mundo no ano passado com Lewis Hamilton. Mas poucas vezes um piloto foi tão sincero: "Não senti nenhuma melhora. Será muito difícil passar para o Q3 amanhã (hoje)", expressou o inglês. Q3 é a última parte do treino, onde os dez mais rápidos lutam pela pole position. "Infelizmente as alterações que introduzimos no carro, ao menos até agora, não significaram um avanço."

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Nelsinho Piquet pôde treinar, ontem, com pouca gasolina, a fim de se acostumar com as condições do treino classificatório, hoje, seu ponto fraco. Fez o oitavo tempo, embora tenha rodado duas vezes. "Apesar de a Renault não ter grandes novidades, o carro se comportou melhor do que esperava."

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