BUENOS AIRESA alegria do zagueiro Diego Lugano era a síntese do sentimento de seus companheiros pela conquista da Copa América.Capitão da Celeste, ele teve a honra de erguer a taça do torneio. E, bem a seu estilo, não perdeu a chance de provocar a dona da casa, a Argentina.Lugano lembrou que agora o Uruguai é o maior vencedor da Copa América, com um título a mais que os argentinos. E disse que ter passado os arquirrivais teve um gosto especial."É uma grande felicidade ganhar a 15.ª taça, ainda mais por ter sido na casa da Argentina", disse o zagueiro.A provocação de Lugano contrastou com um dos prêmios que a seleção uruguaia recebeu da organização do torneio. A Celeste foi eleita para ficar com o Troféu Fair Play, dado para o time que mostrou mais jogo limpo e sem violência.Os uruguaios, aliás, dominaram a premiação final: ainda tiveram a revelação (o zagueiro Sebastian Coates), o melhor jogador da competição (Luis Suárez) e o melhor atleta da final, Diego Forlán. O camisa 10 dedicou a conquista a seu pai, o ex-jogador do São Paulo (e da seleção uruguaia) Pablo Forlán. "Meu avô tinha sido (campeão), meu pai também tinha vencido e agora eu também conquistei um título com a seleção. É fantástico."Para o técnico Oscar Tabárez, a conquista do 15.º troféu continental foi a ratificação de que o trabalho que a Associação Uruguaia desenvolve há cinco anos está no caminho certo. "Mas agora temos de estar atentos para que continuemos neste caminho", falou. "Houve uma profissionalização, hoje trabalhamos com um planejamento e somos uma seleção moderna."