Em confrontos equilibrados, às vezes, surras acontecem. O primeiro jogo da final da sétima edição do NBB será lembrado por muito tempo por causa disso. Flamengo jogou tudo e o Bauru inexistiu em quadra. Resultado: 22 pontos de diferença na vitória do Rubro-Negro por 91 a 69.
O cenário agora é familiar ao time paulista. Dono da melhor campanha na primeira fase, quando perdeu apenas dois jogos, Bauru se deparou com situações complicadas contra Franca e Mogi das Cruzes nos playoffs. A eliminação foi evitada no último suspiro, quando vencer era a única alternativa.
A diferença é que, desta vez, o time do técnico Guerrinha sofreu uma derrota acachapante, daquelas de perder o rumo. A recuperação precisa ser imediata. O segundo jogo será no sábado.
Outro detalhe: Bauru não vai contar com um aliado importante. A partida será disputada em Marília, deixando o time órfão do Panela de Pressão. O acanhado ginásio não recebe este apelido à toa. Os adversários são intimidados o tempo todo.
Sem casa e com o moral abalado pela derrota no Rio de Janeiro, Bauru vai passar por mais uma provação. A reconstrução terá de ser muito mais mental do que tática neste momento. O trabalho psicológico será fundamental nos próximos dias.
A equipe paulista tem condições de vencer no sábado e empurrar a definição do título para o terceiro jogo, dia 6 de junho, novamente em Marília, mas, claro, não será fácil. Do outro lado há uma equipe fortíssima e, quando se enche de confiança, é quase imbatível.
Mesmo que seja superado pelo Flamengo não será o fim do mundo para o Bauru. A equipe paulista terá perdido uma ótima oportunidade de conquistar o título nacional, mas já faz a melhor temporada de sua história, com a conquista da Liga das Américas (levou ainda Liga Sul-Americana e Paulista) e com chance de disputar o Mundial de Clubes contra o Real Madrid.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.