A prova de Hockenheim, na Alemanha, domingo, encerra a primeira metade do campeonato. O calendário, este ano, terá 20 etapas. O GP da Grã-Bretanha, último realizado, dia 8, foi o nono. Até a sétima corrida, no Canadá, quatro pilotos disputavam ponto a ponto a liderança do Mundial, Lewis Hamilton, da McLaren, Fernando Alonso, Ferrari, e Sebastian Vettel e Mark Webber, ambos da Red Bull. Mas o acidente de Hamilton com Pastor Maldonado, em Valência, e o fraco desempenho da McLaren em Silverstone fizeram com que Alonso, líder com 129 pontos, Webber, segundo, 116, e Vettel, terceiro, 100, se distanciassem um pouco na luta pelo título. Hamilton caiu para quarto, 92, e Kimi Raikkonen, Lotus, com 83, é o quinto colocado. A boa notícia é que McLaren e Lotus vão estrear em Hockenheim uma versão bastante distinta dos carros que vinham usando, como fizeram Ferrari, no Canadá, e Red Bull, em Valência. Em outras palavras, a luta pelo campeonato pode relançar Hamilton e, quem sabe, incluir Raikkonen nessa história, estendendo para a segunda metade da competição a imagem da primeira, uma das mais concorridas de todos os tempos. Não há como não relacionar o espetáculo à presença de seis campeões do mundo em atividade, ou 25% do grid, ao lado do regulamento mais restrito, este ano, e às características dos pneus Pirelli, concebidos para colaborar com o show, por apresentarem breve vida útil e o desafio de acertar o carro para melhor explorá-los.Sete vencedores distintos de cinco equipes diferentes, assim começou a atual temporada. Recorde desde a origem da Fórmula 1, em 1950. Outros números explicam melhor a supercompetitividade: seis pilotos, de cinco times, estabeleceram a pole position e nada menos de 11 dos 24 que largam, ou 45%, chegaram ao pódio. "O sucesso está ao alcance de mais gente. Não é uma fórmula melhor que aquela em que salvo um grande surpresa, que quase nunca acontecia, já se sabia que Michael Schumacher seria o vencedor?", questionou Bernie Ecclestone ao Estado, em Silverstone. O brilhante piloto alemão conquistou cinco títulos seguidos com a Ferrari, de 2000 a 2004. "Quantos pilotos podem vencer a corrida, hoje?" emendou Ecclestone no domingo pela manhã, antes da largada do GP da Grã-Bretanha. As corridas têm, agora, um andamento muito mais emocionante.