O ousado maiô das cubanas, justo e cavado o comportado shortinho das brasileiras e o uniforme que cobre o corpo todo das muçulmanas do Egito ? algumas jogam de véu ? expõem as diferenças das culturas que desfilam nas quadras do Japão, na disputa da Copa do Mundo. "Elas usam véu, shorts grandes, quase até os joelhos, que emendam com as joelheiras e as meias e parecem calças compridas", observa a atacante Virna. A líbero Arlene teve o primeiro contato com esse tipo de uniforme no Japão. "As egípcias não mostram nem os braços", comenta, referindo-se às camisetas de mangas compridas. "É a primeira vez que eu vejo jogadoras com véus e o corpo coberto. É diferente. Fico imaginando se ainda jogássemos de sunga..." A sunga das brasileiras chegou a ser bem pequena. As brasileiras rejeitaram, em 1998, o macaquinho adotado pela Federação Internacional de Vôlei ? consideraram o uniforme prejudicial aos movimentos. Em 2002, no Grand Prix, novamente reclamaram dos uniformes. Eram seguidas por insistentes flashes dos fãs e desconfiaram dos shorts, os mais curtos dos últimos anos. As peças foram substituídas.