Algumas modalidades tiveram um bom desempenho nos Jogos Pan-Americanos de Toronto até agora, como judô, canoagem e natação, mas na Olimpíada do Rio a disputa será mais acirrada. O torcedor não verá medalhas em profusão nessas modalidades. Por outro lado, os envolvidos são unânimes em apontar que a disputa no Canadá serviu de teste para os atletas.Um dos esportes de maior ascensão recente e que já pensa em medalha nos Jogos Rio-2016 é o polo aquático, graças sobretudo à “importação” de atletas e treinador. Do elenco que perdeu a decisão do Pan para os Estados Unidos, cinco eram de outros países, além do técnico croata Ratko Rudic. “A experiência em Toronto foi muito boa, e pode ajudar no prosseguimento da preparação”, avaliou o técnico, que tem quatro títulos olímpicos. “O objetivo é uma medalha. O Brasil não participa da Olimpíada desde 1984 e queremos voltar com uma medalha”, afirma o capitão Felipe Perrone. Brasileiro naturalizado espanhol, ele disputou os Jogos de Pequim e Londres pelo país ibérico. “O desafio é grande, mas pode acontecer como aconteceu na Liga Mundial, em que ficamos em terceiro. Acho que maneira que a gente tem de jogar está bem claro.”
O mesmo não é esperado no badminton. Medalha de prata nas duplas tanto no masculino quanto no feminino, além de bronze na dupla mista, a modalidade será apenas coadjuvante no Rio, como admite a própria confederação brasileira.Duas são as razões principais: o Brasil só tem vaga assegurada no individual – que terminou sem pódio em Toronto – e os Jogos terão a presença dos países asiáticos, que dominam o esporte. “Nossa meta de medalha é em 2024”, reconhece o superintendente de Gestão Esportiva da Confederação Brasileira de Badminton (CBBd), José Roberto Santini Campos.O tiro com arco, por sua vez, conquistou medalha após anos de jejum. Para Vicente Fernando, presidente da Confederação Brasileira de Tiro com Arco (CBTArco), o desempenho foi satisfatório. “A reposta que temos é de que estamos no caminho certo para conquistar uma medalha em 2016. Acho que temos sempre de continuar aperfeiçoando a técnica. Faltam detalhes a serem corrigidos.”
No judô, a concorrência aumenta numa Olimpíada pela participação de potências como Japão e França. Mesmo assim Ney Wilson, gestor técnico de alto rendimento da Confederação Brasileira de Judô, está otimista. “A gente sai confiante e fortalecido, porque esse foi o último grande laboratório antes de 2016.”Sempre otimista, o ministério do Esporte considera que os bons resultados conquistados até aqui terão reflexo no Rio-2016. Mas para o secretário executivo Ricardo Leyser, o grande achado destes Jogos são os atletas mais novos. “Aposto muito na nova geração.”