Novos 15 km deixam favoritos em dúvida

Segundo o técnico de Marilson Gomes dos Santos, campeão do ano passado, a vantagem dos brasileiros acabou

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Por DANIEL AKSTEIN BATISTA

SÃO PAULO - A distância continua a mesma, mas o novo trajeto da São Silvestre traz dúvidas aos favoritos que disputam a tradicional prova do dia 31. Afinal, ninguém está acostumado aos novos 15 quilômetros do percurso.Atual campeão, Marilson Gomes do Santos não mudou o seu modo de treinar para buscar o quarto título da competição, mas sabe que a incógnita prevalecerá. Além, claro, da briga com os sempre favoritos quenianos."É difícil falar o que vai acontecer nesse percurso, só saberemos depois do dia 31. Mas uma coisa é certa: a vantagem que tínhamos de conhecer todo o caminho, sabendo onde podíamos atacar, acabou. Vamos ter de conquistar isso de novo", contou Adauto Domingues, treinador de Marilson.Após 30 anos, a São Silvestre não terá mais a sua chegada na Avenida Paulista. A alta concentração de pessoas que já vão ao local para a festa de Réveillon fez com que a organização mudasse o trajeto, agora com o seu final em frente ao Obelisco, na região do Parque Ibirapuera.Os africanos começaram a chegar ontem a São Paulo. Até sábado, eles devem fazer treinos leves na capital. Mas o fato de o novo percurso da São Silvestre ser mais rápido não favorecerá os quenianos, na opinião de Adauto. "Eles já ganham no mundo todo, até na Noruega com dez graus abaixo de zero", afirmou Os quenianos Kisorio Matthew e Martin Lel figuram entre os favoritos ao título. "Esses dois são muito fortes, com marcas espetaculares", apontou Adauto. "Mas tem outros também. Aliás, nos últimos anos sempre tivemos grupos fortes."Apesar de a programação para a São Silvestre não ter sido a ideal, o treinador garante que Marilson está pronto para correr no pelotão de frente. "Nosso objetivo ainda é a Olimpíada e esse ano foi um pouco ruim por causa do Pan-Americano, que atrasou o nosso programa. Não tivemos muito tempo de preparação, mas ele (Marilson) está bem", garantiu Adauto.Mulheres. Na prova feminina, a grande favorita é a também queniana Alice Timbilili, vencedora no ano passado. Para quebrar o domínio das africanas, que levaram as quatro últimas edições da prova (três atletas do Quênia e uma da Etiópia), a brasileira Lucélia Peres está recuperada de contusão no calcanhar e busca mais uma medalha - ela foi campeã em 2006.

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