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Atlético Mineiro prá lá de Marrakesh

A derrota do Atlético-MG para o Raja Casablanca deveria servir de reflexão para o futebol brasileiro.

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Foto do author Luiz Zanin Oricchio
Atualização:

Poderia ser o acidente de um jogo. Não foi. O Raja jogou melhor. Aguentou uma pressão inicial do Atlético e depois começou a explorar bem os contra-ataques. Teve mais lucidez e, mesmo com o empate do Atlético, em golaço de Ronaldinho, não se apavorou. Pelo contrário, foi o Atlético que perdeu o rebolado com o segundo gol do Raja e abriu-se todo para tomar mais um, o definitivo.

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Como é possível um timaço como o Atlético perder para um futebol como o do Marrocos, tido como semi-amador? Será que não superestimamos o Atlético e subestimamos o adversário?

O fato é que o futebol brasileiro caiu muito nas últimas décadas. Vamos lembrar que o vexame do Atlético não é o primeiro neste novo estilo imposto pela FIFA de mundial inter-clubes. Em 2010, o Internacional de Porto Alegre já fora desclassificado nas semifinais para o também anônimo (e africano) time do Mazembe.

Podemos até ser hexacampeões do mundo em 2014. Mas isso será apenas porque jogaremos com uma seleção inteiramente formada por jogadores importados, atuando nos clubes europeus.

O nosso futebol doméstico já não dá para o gasto.

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A CBF mal se interessa por ele, ocupada que está com a seleção. Décadas de política de exportação precoce de talentos minaram a qualidade interna do nosso futebol. Os nossos times já não se ombreiam aos melhores do mundo. E agora estão perdendo dos medianos e mesmo dos medíocres. É pena.

A derrota do Atlético-MG é uma derrota de todos nós.

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