A comparação limita-se à dureza do jogo. Os colombianos jogam bem. Têm um futebol ascendente no cenário mundial. E batem muito também.
Por sorte, Neymar abriu logo a contagem, marcando de falta, aproveitando-se da barreira mal feita. Mas, depois de estar em vantagem, o Brasil mostrou momentos de instabilidade. Caiu na catimba do adversário. Houve violência e revide. A partida poderia ter terminado muito mal. Não havia espírito olímpico em campo. Havia rivalidade.
Já no segundo tempo, perto do final, Luan, aproveitando passe de Neymar, viu o goleiro adiantado e, com classe, o encobriu, garantindo a vitória.
Taticamente a seleção melhorou mas, é verdade, houve muitos erros durante a partida. Muitas vezes essa equipe jovem se porta como amadora, o que não é pois seus jogadores são quase todos titulares em clubes grandes. Mas é time que carece de inteligência e malícia para conduzir o jogo quando este lhe é favorável. Desse modo, contra a Colômbia correu riscos desnecessários. Deveria e poderia ter tocado mais a bola e se aproveitado do nervosismo dos colombianos.
Mas o outro lado é o seguinte: todo time, para se consolidar numa campanha curta, precisa de um batismo de fogo. Um jogo duríssimo, uma batalha tanto física como mental, que una as partes e dê consistência ao conjunto. Essa seleção já teve o seu batismo, e este foi o jogo contra a Colômbia.
Na semifinal com Honduras entra como favorito, o que pode ser um problema para jogadores com tendência à acomodação. Do outro lado, há Alemanha x Nigéria.
Pode dar uma final Brasil x Alemanha. Já imaginaram?