Organizadores apostam nos efeitos

Locog fez "mea culpa" pela queda do turismo em Londres durante o evento

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Por LONDRES
Atualização:

O Comitê Organizador dos Jogos de Londres (Locog) fez "mea culpa" ontem pela queda do turismo em Londres durante o evento, mas defendeu que, no longo prazo, a exposição da cidade na mídia neste período atrairá mais visitantes. "Talvez estejamos sendo vítimas do nosso próprio sucesso", disse o presidente da entidade Sebastian Coe. O comitê divulgou queda de 17% no número de carros entrando no centro de Londres. É bom para o trânsito e pode ser reflexo da eficiência do transporte público no deslocamento dos visitantes. Mas é também um sinal do esvaziamento das áreas mais turísticas da cidade. "Pedimos muito para as pessoas evitarem o centro de Londres e, pelo menos para os Jogos, isso funcionou", disse Coe. Segundo números do Locog, se o centro está vazio, a situação é diferente nas áreas onde ocorrem os Jogos. Cerca de 3 milhões de pessoas visitaram o Parque Olímpico, por exemplo.A perspectiva é de que a situação melhore daqui para a frente. "A tendência é voltar a uma vida normal", disse Coe. "Até o final dos Jogos estará tudo equilibrado e não podemos esquecer que o impacto não é medido em duas semanas, mas na exposição de Londres na mídia mundial e no resultado que isso terá, trazendo ainda mais turistas para a cidade nos próximos anos. Não tenho dúvida de que os Jogos serão uma alavanca para os negócios nos próximos meses e anos."Metrô vazio. O serviço Transport for London esperava atender 3 milhões de pessoas a mais por dia durante os Jogos - além dos 12 milhões habituais -, mas a estimativa não se concretizou. A relativa calmaria fez com que o esquema de deslocamentos fosse repensado. Os avisos sonoros ouvidos rotineiramente nos trens e no metrô desde os dias que antecederam os Jogos, na voz do próprio prefeito de Londres, Boris Johnson, alertando os visitantes a evitar o centro da cidade nos horários das competições, calaram-se ontem.Voluntários que trabalham para o Locog ajudando os visitantes a se localizar na cidade foram instruídos a orientá-los sobre os pontos turísticos. Munidos de mapas e de um guia dos principais eventos culturais que ocorrem em paralelo aos Jogos, perguntavam aos transeuntes: "Já visitou o British Museum?" "Normalmente, passam por nós em direção a alguma competição. Mas há muitas outras coisas acontecendo na cidade que, talvez, eles não saibam", disse Adam Cleavar, de 21 anos. / JAMIL CHADE E ADRIANA CARRANCA

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